Óbvio Paradoxo
"Nem toda palavra é Aquilo que o dicionário diz"
Traduzido em:
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Ainda que se tenha o concreto, que eu tenha o movimento
Ainda que o tempo passe, que você aprenda diversas coisas e que esteja cansado de saber as consequências, arrisque!
Ainda que o dia esteja escuro dentro de si, que as ideias não condizem e que o nó esteja preso na garganta, aposte!
Ainda que o sol lhe torre a cuca, a cerveja esteja quente e trânsito parado, siga!
Arrisque, porque é a partir dos riscos que se brotam os sonhos.
Aposte, porque é através da aposta que se fortalecem os aprendizados.
Siga, porque é por meio de diversos encontros e desencontros que se ilumina o peito.
Não há a possibilidade do erro, há a possibilidade do reconhecimento.
Não há o despertar de arrependimento, há o despertar da transformação.
Não há o cancelamento da caminhada, há o recomeço.
Ainda que o dia esteja escuro dentro de si, que as ideias não condizem e que o nó esteja preso na garganta, aposte!
Ainda que o sol lhe torre a cuca, a cerveja esteja quente e trânsito parado, siga!
Arrisque, porque é a partir dos riscos que se brotam os sonhos.
Aposte, porque é através da aposta que se fortalecem os aprendizados.
Siga, porque é por meio de diversos encontros e desencontros que se ilumina o peito.
Não há a possibilidade do erro, há a possibilidade do reconhecimento.
Não há o despertar de arrependimento, há o despertar da transformação.
Não há o cancelamento da caminhada, há o recomeço.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Avisto aquela rua sem ver. Avisto por mente exposta. Exposição projetada e ela não tem fim. Mora bem ali. Construiu-se em mim. De pensar que fosse minha, que nela dormiria; fazer-me-ia inteira e me tornaria nua. Desfalecer-ia-me pura até me envolver crua.
E de tão rua, caí-me em cólera. Talvez por um facho de luz. Um poste certo em meio ao asfalto, o qual meu corpo expus. Pois, por mais que eu tente ou me ausente, é o que me conduz. Um facho de luz lá do alto! Alimenta o jardim, invade meu peito e eu respiro profundamente aquele velho cheiro de alecrim. Este que sustenta todo esse leito de cor, vida e festim.
Aquela reta nua, pura, crua, que se desfaz em atriz de um jeito esperto. Ali... bem embaixo do meu nariz de um modo correto. E não importa o que condiz, nem o que o refrão diz. Escrevo todo esse metro, rabisco de giz...
Romper é fazer (p)arte. Mesmo de alegoria cansada, mesmo que seja tarde, de poste apagado, mas de alma lavada. Mesmo de futuro imaginado, mesmo de sonho emaranhado, mas em formato de aquarela pra pintar um pé atrás e um pé a fim. E chega de 'mas', que pra'quela rua amarela é: colorir o que já não parte de mim.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Equilibrando-se até desaguar, "es" aguar, saguar, aguar, guar, u ar, (ser) ar, r...
Posso ser louca, ser tonta e boba. Posso até flutuar, perder horas em meus devaneios e ainda me equilibrar sobre as linhas de um livro. Eu posso. Eu poderia. Eu "repoderia". Mas acho que tonteei tanto que acabei me desequilibrando das linhas e afogando nas palavras...
Não sei bem quando me afoguei. Só sei que me sinto cristalizar. É como nadar, nadar e nunca ter fim. É como sentir que está a favor da maré e ela cair em ressaca e te jogar pra lá e pra cá de uma maneira tão brusca que não SI percebe mais. Adormece! Tece e padece! E ao se despertar, percebe-se endurecido pelo sal. Que sal? Sal é pouco, é preciso uma receita inteira.
Dói. Dói tanto que chega a ferir o que se tem por dentro. Machuca porque você não tem mais os olhos de 15 anos atrás. Acredito que a única coisa que não se petrifica em um homem são os olhos. Estes, sempre vão te surpreender e fazer com que você enxergue o que nunca lhe viria a mente. Os olhos do homem fazem ver um outro homem, seja este você ou eu, ele, ela, nós, estes.
Às vezes -ou sempre-, eu só queria permanecer a andar na garupa de uma bicicleta antes das 7h e acenar para os senhores de capacete branco da Siderúrgica como sinal de "Bom dia", acabar a atividade para ir brincar no balanço e/ou no escorregador, despedir-me com um doce de goiabada feito em casa e retornar para a garupa da bicicleta cinza.
Por essas, é que contemplo o passado. Aquele que bolo era feito de terra, café era feito de ar, que boneco da brincadeira era a própria boneca, que todo mundo dormia no mesmo colchão na sala, que o chinelo marcava o campo de queimada e que a queda de luz era motivo para que todos se juntassem em uma casa em roda ao chão, acendessem uma vela e contassem uma história.
Por tudo isso, que é difícil crescer. É difícil aceitar que se endurece. Uns mais cedo, outros mais tarde. Talvez nunca ou sempre. É de atormentar acreditar, que aos poucos, cada um sofre desse mal. A gente adoece e quando percebe, foi-se. O homem em outro homem. Só não lhe bastar ser. É preciso caber. Caber no tempo, no mundo, no assunto, na vírgula da linha do livro. E de consolo por essência, embebedo-me da água salgada, escorrego na palavra e paro na reticência. Esta que abre espaço no mar entre o nadar e o sonhar.
domingo, 24 de junho de 2012
Amor em branco, amor sem cores: O amor não tem cor
Não quero ouvir desse mundo que amar é dizer "eu te amo" ou que é verbo conjugado entre duas pessoas. Apenas isso, não! Pobre daqueles que buscam limites e repostas ao pé da letra. Tristes são aqueles que não veem as coisas em sua essência! Porque amar remete a algo tão além...
Descobre-se sua essência ao cair em doação. Descobre-se puro ao compartilhar pedaços de si em outrem. É quando, sem palavras, encontra-se os sentidos delas dentro de si de caráter intransponível. E, a partir disto, prefere as dores do outro em você. É saber abrir mão de diversos caminhos para exaltar um único. E, ainda assim, sentir saudade antecipada. É aprender, de maneira intensa, a conviver com os fantasmas do passado, da atualidade e com os que virão. E, através deles, cuidar. É não se prender a padrões, datas e conceitos, pois estes dispensam o inusitado e a lembrança repentina. É ter a formação de uma sinestesia de sentimentos, a qual fogem definições por se misturarem em uma dança repleta de cores, a um tempo que nem nós sabemos qual é. Poderíamos então, ser o branco: a junção de todas as cores, que no final, não se denota cor! É, por fim, não se por fim... visto que, amar é transcender, e não, limitar!
*Ai de mim cortar o amor em pedaços de parágrafos!
Descobre-se sua essência ao cair em doação. Descobre-se puro ao compartilhar pedaços de si em outrem. É quando, sem palavras, encontra-se os sentidos delas dentro de si de caráter intransponível. E, a partir disto, prefere as dores do outro em você. É saber abrir mão de diversos caminhos para exaltar um único. E, ainda assim, sentir saudade antecipada. É aprender, de maneira intensa, a conviver com os fantasmas do passado, da atualidade e com os que virão. E, através deles, cuidar. É não se prender a padrões, datas e conceitos, pois estes dispensam o inusitado e a lembrança repentina. É ter a formação de uma sinestesia de sentimentos, a qual fogem definições por se misturarem em uma dança repleta de cores, a um tempo que nem nós sabemos qual é. Poderíamos então, ser o branco: a junção de todas as cores, que no final, não se denota cor! É, por fim, não se por fim... visto que, amar é transcender, e não, limitar!
*Ai de mim cortar o amor em pedaços de parágrafos!
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Herança Postulada
Busca a força e o sustento.
Testa o santo que lhe habita!
Faz moradia e vai nascendo.
Lá, onde reforça o seu cangaço,
onde os olhos aguardam a morte
e a água tece o terço
da mais pura divindade.
Lá, onde os filhos padecem.
Onde se regam de labuta.
Estes, escravos do tempo,
que já parem o ser para luta.
Lá, onde quem é sertanejo,
faz um sonho por desespero.
segue rumo de desgosto.
Roga o canto de guerreiro!
Lá, quando cai alguma chuva,
vira festa em pau de arara!
Música em cabo de enxada
e esperança que se põe nua.
Lá, onde o povo é mais que forte,
onde vence por insistência.
Eles, que plantam na alma e colhem na sorte.
Assim, sobrevivem dia após dia.
domingo, 1 de abril de 2012
Sê-lo selado
Eu não preciso de um bom patuá
Permita que o tempo conduza
Eu não preciso de todos os orixás
Permita que eu me lambuza
Deixa eu sentir a brisa do mar
Eu não preciso que outro me levante
Deixa eu pintar a cara até a pele salgar
Eu não preciso de um segundo avante
Eu preciso de todo seu zelo
Não me permita aqui sem teu cheiro
Eu preciso de teu apelo
Não me permita sem o seu inteiro
Não deixa tudo petrificar
Eu preciso daquele seu grito
Não deixa a morte chegar
Eu preciso de todo esse mito
Permita que o tempo conduza
Eu não preciso de todos os orixás
Permita que eu me lambuza
Deixa eu sentir a brisa do mar
Eu não preciso que outro me levante
Deixa eu pintar a cara até a pele salgar
Eu não preciso de um segundo avante
Eu preciso de todo seu zelo
Não me permita aqui sem teu cheiro
Eu preciso de teu apelo
Não me permita sem o seu inteiro
Não deixa tudo petrificar
Eu preciso daquele seu grito
Não deixa a morte chegar
Eu preciso de todo esse mito
À nossa guerra
Encontro-me presa
Cá estou novamente
Procurando resposta convincente
Encontro-me marionete
Querem-me como presa!
Portão que grunha,grita
Pelo cão que ladra e morde
Alma que desinqueta e mata
E, mais uma vez, dilacera e sente fome
Encontro-me moradia
Daqueles que procuram alimento
Prato predileto devorado
Para aqueles que tormentam peito
Mas eu me sinto forte
Pronta para mais uma mentira
Preparada pro abate
Achas mesmo que ainda sou uma menina?
Tenta a sorte!
Cá estou novamente
Procurando resposta convincente
Encontro-me marionete
Querem-me como presa!
Portão que grunha,grita
Pelo cão que ladra e morde
Alma que desinqueta e mata
E, mais uma vez, dilacera e sente fome
Encontro-me moradia
Daqueles que procuram alimento
Prato predileto devorado
Para aqueles que tormentam peito
Mas eu me sinto forte
Pronta para mais uma mentira
Preparada pro abate
Achas mesmo que ainda sou uma menina?
Tenta a sorte!
sábado, 3 de março de 2012
Nuvem passageira

Sinto-me primavera. E quanto mais me sinto, mais percebo flores brotarem dentro de mim. É que a gente possui um jardim dentro de si. E vale tanto ouro zelar por ele. Ouro cor de acácia. E faz um jardim tão imenso e intenso, que uma hora você o transpira e ele lhe salta os poros.
Hoje, eu deitei sobre o meu jardim no chão de sala. E do chão de sala, eu via o céu lá de fora. Perdi as contas de quantas nuvens colecionei e de quantos desenhos pintei. Olhei, ainda deitada, e lá estava você ao meu lado - deitado também - sorrindo. Lembramos do dia que você havia me dito que as estrelas de todo essa imensidão azul representava alguém. Que as pessoas possuem o seu brilho e se tornam luz de alguém ou algum. Lembramos do dia que você viajou e de que quando a saudade apertou, você me enviou: "Se estou longe, olho a noite para o céu e te vejo. Pois você é luz! E caso sinta saudade de mim, veja meu reflexo na sua estrela". Foi como se eu vivesse tudo novamente e sentisse falta de quem estava colada. Brincar de se esconder um do outro ultrapassa sentindo. A gente procura pelo outro mesmo unido. A música parou! E querer mais música me remetia a ideia de levantar do chão, perder a próxima remessa de nuvem e te perder. "Eu opto por ficar!" Há sempre música e, às vezes, a música do silêncio norteia a mente e aquieta coração. No meu caso, coração sambou! Fez-se roda no meu portão. Ouvi um grito pelo meu nome e, lentamente, levantei-me. Você apertou minhas mãos e eu, na calçada, sentei-me. As nuvens cresceram e escureceram. A chuva chegou, relampiou e minha perna lavou. E quando ela se foi, eu já sabia que você tinha ido com ela. Voltei do mercado da esquina enquanto me esperavam na rua. E lá estava eu... a sua procura de alma nua. De vida crua, mas ainda sua!
E aqui estou eu... torcendo para que jamais chegue outono. Porque se é tempo de primavera, eu quero me perfumar de todo o jardim.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Carnavalizar

E se eu me pego de carnavaaal...
Eu viro Colombina sem Pierrot ao lado,
viro passista por metro quadrado e,
pego sorriso sem cura.
Pois aqui não brota amargura.
É de samba no pé
à festa sem hora.
E é lá pelas alturas,
que raia o dia.
Brota sol alegria!
Aquele de cor alaranjada.
É de Colombina à Passista,
que me esqueço que a vida é piada.
Do quanto a gente sofre e por quanto morre.
Mas é pra isso que serve carnaval,
pra espantar todo esse mal!
Nem que seja por noventa e seis horas.
Noventa seis horas que impulsionam oito mil, seiscentos e sessenta quatro outras horas.
Ai, desse povo brasileiro carnavalizar a alma!
Do peito virar tambor.
Os olhos, chuva que lava ruas.
E os dentes, as baianas que desfilam na avenida.
Das pernas virar carros alegóricos e,
da gente, contornar o mau humor!
E se eu me pego de carnavaaal...
Eu faço das crianças fantasiadas,
moradia de simplicidade.
Faço dos blocos,
exemplo de cumplicidade.
E faço da vida,
confetes de todo dia.
Só pra ver brotar na cara,
sol alegriado alaranjado!
Desterro

Sou dessas que fala o que pensa!
Dessas que não reza e,
mais que com pressa,
despeja a remessa.
Às vezes me arrependo.
Contudo, guardar me fere os sentidos.
Guardar me agita gastrite.
E é como se eu me escondesse em um poço fundo.
Sou dessas que desobedece regras e dietas!
Dessas que se esquece que inquieta e,
paga caro de remédio.
Se não fosse pra curar o tédio,
andaria em linha reta.
E passava pela porta do céu direta!
Sou dessas que prefere sentir os pecados,
as dádivas e a pedra.
Sentir pra saber por que "sim",
sentir pra saber por que "não".
E juntar as respostas pra mim.
Sou dessas que no final gosta de calcular,
o que tem peso pro coração e,
o que tem peso de mente.
É que quando a gente sente,
a gente deixa pra amar ou pra soterrar.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Olha, Chico... venha ver: Às 17h30min o degrau da cozinha vira salão!

Ser luz, "serhumano"
Ser humano, "serluz"!
"Nóis veio pra ilumiá". Já dizia Pai Tinhoco. Já dizia em horas de conversa à beira da porta da cozinha no final dia. Era luz de vela em castiçal de ferro. Já dizia Pai Tinhoco: "E se ocê não semeiá, não há de que coiê".
Era Tião, Maria e João... sentados no degrau da cozinha. Era verde em frente aos quatro que não cabe no coração e era um som de água de bica que lavava qualquer cidadão.
Era Tinhoco, Tião, Maria e João... curando o povo do mal do Jeca Tatu. Um tanto por noitada! Tudo, de norte a sul.
E lá pelas varadas da noite, quando a vela já inteirava a décima oitava, quando a dama da noite já exalava perfume, Tinhoco acendia seu cachimbo. Tragava uma, duas e resmungava.Fumaça! Uma, duas e bravejava: "É uma cousa ou outra: Ou nóis ama ou nóis amargura a 'arlma' e envenena o peito mais do que cobra cascáver criada." Fumaça!
Bronzearte
Se você está aqui nesse mundo e não consegue -ao menos- tocar alguém é porque esse mundo não lhe é merecido. Mas, se porventura, despertam algo em ti, é hora de expor essa cara cor "cinza mofada" no sol e refletir cor "dourada ensolarada" em forma de luz nesse mundo que acabou de lhe ser merecido.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Verde e amarela
Eu sou verde e amarela!
Sou da terra do samba,
da mata e da água doce.
Sou do país da corda bamba!
Que ora está caindo pela tabela,
ora está indo de vento em popa.
Eu sou verde e amarela!
Não tenho cor pré definida.
Sou negra, índia, latina...
E, conforme a batida,
de Chico viro carioca
à Gil viro baiana!
De pés no chão,
viro nativa e de tristeza,
imploro pelo meu Sertão!
Eu sou verde e amarela!
Do verde derrubado,
Das almas trocadas
e do amarelo roubado.
Eu sou filha da desigualdade.
Das promessas nunca cumpridas
e da criminalidade!
Baseada entre a fé e a morte,
descendo da religiosidade.
Eu sou verde e amarela!
Do país tantas vezes campeão
em luta e deslizamentos.
Do paraíso da corrupção,
crime organizado e favelização.
E eu me pinto dessas cores
em respeito a tantos fortes,
em homenagem a tantos trabalhadores.
Mas eu sou verde e amarela!
Porque eu sou cheia de esperança,
Eu espero o melhor como muitos sonhadores.
E como a cada dia nascendo que não se cansa,
aguardo o meu verde retornar
e o resto do amarelo ser dividido e se multiplicar.
Muito prazer, eu sou verde e amarela!
Sou da terra do samba,
da mata e da água doce.
Sou do país da corda bamba!
Que ora está caindo pela tabela,
ora está indo de vento em popa.
Eu sou verde e amarela!
Não tenho cor pré definida.
Sou negra, índia, latina...
E, conforme a batida,
de Chico viro carioca
à Gil viro baiana!
De pés no chão,
viro nativa e de tristeza,
imploro pelo meu Sertão!
Eu sou verde e amarela!
Do verde derrubado,
Das almas trocadas
e do amarelo roubado.
Eu sou filha da desigualdade.
Das promessas nunca cumpridas
e da criminalidade!
Baseada entre a fé e a morte,
descendo da religiosidade.
Eu sou verde e amarela!
Do país tantas vezes campeão
em luta e deslizamentos.
Do paraíso da corrupção,
crime organizado e favelização.
E eu me pinto dessas cores
em respeito a tantos fortes,
em homenagem a tantos trabalhadores.
Mas eu sou verde e amarela!
Porque eu sou cheia de esperança,
Eu espero o melhor como muitos sonhadores.
E como a cada dia nascendo que não se cansa,
aguardo o meu verde retornar
e o resto do amarelo ser dividido e se multiplicar.
Muito prazer, eu sou verde e amarela!
Amar por completo
Uma xícara de café e eu vou te contar tudo...
Eu não tenho medo de amar!
Essa é a verdade.
O amor deixa a gente com sorriso estampado
e olhos de diamante.
Eu não tenho medo de amar!
Por enquanto, eu sigo assim...
Acho que é da mente.
Ela se sobressai ao coração
e, faz da gente,
figura viva de negação!
Eu não tenho medo de amar!
Jamais negaria o amor,
e, se por vezes disse "não",
é porque amor não vivi.
Acho que senti paixão.
Coisa instantânea e que acelera o peito.
Mas que daqui a dois tempos, fim!
Eu não tenho medo de amar!
É que esse sentimento (para mim),
vem de pouco a pouco.
Quando você percebe, foi!
Mas eu não sinto nada assim.
Ainda estou vivendo meus desejos e sonhos.
Nessa lista sigo a ordem tintim por tintim.
E, ai de você querer a vida me ensinar!
Até porque, eu amo esse meu momento.
Eu estou amando as coisas como estão.
Tanto amor que não dá pra contar!
E, quando esse tal amor que todos me desejam chegar...
Já terei um conjunto de amores colecionados.
Aí, sim! Eu vou te abraçar de não querer soltar.
Ficarei com o sorriso aberto estampado
e olhos de diamante ao ver na esquina você apontar.
Só que, por enquanto, deixe-me conjugar o verbo "amar" por completo.
Isso sim é amar!
Eu não tenho medo de amar!
Essa é a verdade.
O amor deixa a gente com sorriso estampado
e olhos de diamante.
Eu não tenho medo de amar!
Por enquanto, eu sigo assim...
Acho que é da mente.
Ela se sobressai ao coração
e, faz da gente,
figura viva de negação!
Eu não tenho medo de amar!
Jamais negaria o amor,
e, se por vezes disse "não",
é porque amor não vivi.
Acho que senti paixão.
Coisa instantânea e que acelera o peito.
Mas que daqui a dois tempos, fim!
Eu não tenho medo de amar!
É que esse sentimento (para mim),
vem de pouco a pouco.
Quando você percebe, foi!
Mas eu não sinto nada assim.
Ainda estou vivendo meus desejos e sonhos.
Nessa lista sigo a ordem tintim por tintim.
E, ai de você querer a vida me ensinar!
Até porque, eu amo esse meu momento.
Eu estou amando as coisas como estão.
Tanto amor que não dá pra contar!
E, quando esse tal amor que todos me desejam chegar...
Já terei um conjunto de amores colecionados.
Aí, sim! Eu vou te abraçar de não querer soltar.
Ficarei com o sorriso aberto estampado
e olhos de diamante ao ver na esquina você apontar.
Só que, por enquanto, deixe-me conjugar o verbo "amar" por completo.
Isso sim é amar!
A moça da papelaria estreita
Eu vi uma moça bonita de coração.
Daquelas que guarda algo de muito triste dentro de si e, que mesmo assim, faz de tudo para que você se sinta bem.
Não sei o seu nome e, somente, quando coloquei as mãos nos pães de queijo quentes (na volta pra casa) que me dei conta disso.
Ela é nova, deve ter suas duas décadas e trabalha em uma papelaria. Ela carrega consigo o esforço do seu emprego como algo vital. Mas eu não sei, apesar da simpatia, dos sorrisos e ao me dizer "você é engraçada", a garota me aparentava insatisfação.
Eu queria poder lhe dar um abraço ao término do atendimento, dizer que ela era uma pessoa muito especial e que merecia o mundo. Mesmo eu tendo a certeza que nem ela saiba disso! Eu queria ouvir a vida dela, ali mesmo na loja, a gente sentaria no chão e eu escutaria tudo! Tentaria ajudar em seu sofrimento. Mas não era o certo... talvez um outro dia, talvez no chão de praça.
Às vezes, você precisa sair de casa e sentir a dor do outro para perceber que sua vida é um sonho. E eu desejo isso a todos! Desejo que você passe a olhar as pessoas nos olhos, que você abandone esse cimento que há dentro de seu peito e sinta parte da dor do outro. Eu só quero que você respire o sofrimento que o outro exala e transpire a sua solidariedade em olhar, palavra, não sei, da melhor maneira que o convir! Eu desejo esse incômodo na consciência por não poder ter feito nada com a pessoa que te tratou tão bem. Eu quero isso para o mundo inteiro!
E, desculpe-me "moça da papelaria estreita" por não ter lhe dado a devida atenção.
Daquelas que guarda algo de muito triste dentro de si e, que mesmo assim, faz de tudo para que você se sinta bem.
Não sei o seu nome e, somente, quando coloquei as mãos nos pães de queijo quentes (na volta pra casa) que me dei conta disso.
Ela é nova, deve ter suas duas décadas e trabalha em uma papelaria. Ela carrega consigo o esforço do seu emprego como algo vital. Mas eu não sei, apesar da simpatia, dos sorrisos e ao me dizer "você é engraçada", a garota me aparentava insatisfação.
Eu queria poder lhe dar um abraço ao término do atendimento, dizer que ela era uma pessoa muito especial e que merecia o mundo. Mesmo eu tendo a certeza que nem ela saiba disso! Eu queria ouvir a vida dela, ali mesmo na loja, a gente sentaria no chão e eu escutaria tudo! Tentaria ajudar em seu sofrimento. Mas não era o certo... talvez um outro dia, talvez no chão de praça.
Às vezes, você precisa sair de casa e sentir a dor do outro para perceber que sua vida é um sonho. E eu desejo isso a todos! Desejo que você passe a olhar as pessoas nos olhos, que você abandone esse cimento que há dentro de seu peito e sinta parte da dor do outro. Eu só quero que você respire o sofrimento que o outro exala e transpire a sua solidariedade em olhar, palavra, não sei, da melhor maneira que o convir! Eu desejo esse incômodo na consciência por não poder ter feito nada com a pessoa que te tratou tão bem. Eu quero isso para o mundo inteiro!
E, desculpe-me "moça da papelaria estreita" por não ter lhe dado a devida atenção.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A descoberta
A menina conheceu um mundo novo por acaso.
Ela tava retornando a sua casa e encontrou quem lhe convidasse para esse mundo.
A menina aceitou e foi!
Ela andou junto com o menino e os dois, após procurarem por um tempo, chegaram. Outro amigo chegou também!
E ela se encantou de matar curiosidade e si ver uma hora com olhos de brilhantes e boca em formato de Ó (maiúsculo e com acento agudo mesmo).
Em meio a tantas músicas, danças e surpresas!
Em meio a tanta gente, tantos pés puros ao chão e sons!
A garota se arrepiou de adormecer seu pé e encher os olhos d'água por ver tanta coisa bonita!
A garota foi chamada de forma carinhosa e se emocionou com as palavras ditas a ela. Chorou, sorriu, "chorriu"! Uma sinfonia de sentimentos que nem sabe explicar!
E, quando acabou, a menina queria contar ao planeta, mas não podia.
Ela se lembrou que nem todos gostam de um "mundo novo".
Lembrou-se que há muitos cegos de mente e coração.
Uma náusea lhe tomou o corpo por achar justo o mundo se abaixar para outros mundos.
Mas isso já não dependia dela.
Então, a menina agradece por ela ter se curvado. E, no fim da noite, viu seu dia como um dia incrivelmente mágico. Vai dormir ao som de belos cânticos na alma e ainda "magicada" pela sua descoberta.
Ela tava retornando a sua casa e encontrou quem lhe convidasse para esse mundo.
A menina aceitou e foi!
Ela andou junto com o menino e os dois, após procurarem por um tempo, chegaram. Outro amigo chegou também!
E ela se encantou de matar curiosidade e si ver uma hora com olhos de brilhantes e boca em formato de Ó (maiúsculo e com acento agudo mesmo).
Em meio a tantas músicas, danças e surpresas!
Em meio a tanta gente, tantos pés puros ao chão e sons!
A garota se arrepiou de adormecer seu pé e encher os olhos d'água por ver tanta coisa bonita!
A garota foi chamada de forma carinhosa e se emocionou com as palavras ditas a ela. Chorou, sorriu, "chorriu"! Uma sinfonia de sentimentos que nem sabe explicar!
E, quando acabou, a menina queria contar ao planeta, mas não podia.
Ela se lembrou que nem todos gostam de um "mundo novo".
Lembrou-se que há muitos cegos de mente e coração.
Uma náusea lhe tomou o corpo por achar justo o mundo se abaixar para outros mundos.
Mas isso já não dependia dela.
Então, a menina agradece por ela ter se curvado. E, no fim da noite, viu seu dia como um dia incrivelmente mágico. Vai dormir ao som de belos cânticos na alma e ainda "magicada" pela sua descoberta.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Em agradecimento
[Eu demorei dias por isso. Não fiquei pensando em nós e nem no que houve como tormento. Sim, eu me lembrei algumas vezes da gente! Talvez por olhar objetos, por me perguntarem de você ou por algumas discretas atualizações em suas redes sociais]
Acho que somente um fio nos liga. Um fio que se torna uma rede, ligando a diversas pessoas. As nossas pessoas! E sabe, eu não estou chateada. Acredito que as coisas tem o seu sentido e um porquê. Não é de hoje que somos assim e, confesso que antigamente, tudo me atingia de uma forma descontrolada. Hoje não! Hoje eu percebo que a gente tentou, eu tentei. Mesmo com tantas diferenças, houve um tempo bom. Um não, vários! Mas eles se foram em presença e permanecem em cada fase de minha vida.
Na nossa última discussão, pude notar que o tempo me fortaleceu e eu cresci. Eu me calei, eu deixei você dizer tudo e mesmo sendo as palavras mais inadequadas e difíceis que ouvi de tantas discussões, eu me calei e ouvi! Sinto que foram também as mais injustas, mas não cheguei a cogitar isso. Eu não chorei! Eu vi tudo, respirei e busquei o ar até o seu máximo. Eu não chorei!
Hoje, após semanas, eu continuo ilesa e vacinada. Não falo isso por você, mas por mim... que surpresa! Somos água e vinho, inevitável nos prendermos um ao outro. Sou de terra e você, água... é inevitável! Eu sou humanas e você, exatas. Sou de beijos e abraços e você, segue contido. É inevitável e compreensível.
Cerca de 15 anos eu fui atingida e eu te agradeço. Sou grata porque aprendi a dizer "não", aprendi a dar valor às pessoas que enxergam a minha alma e as minhas ações. Eu cresci vendo que nem tudo é a cor de alguém, nem sua condição social, muito menos que mentindo ou pisando em alguém -conquistando as coisas- eu me sentiria bem. Eu aprendi a ser honesta comigo mesma.
Por fim, eu só queria entender quando nos perdermos. E mesmo eu preferindo as lembranças ao invés do contato, eu gostaria de saber caso você soubesse. Há tempos eu me faço essa pergunta e não chego a nenhuma conclusão. Então, por favor... eu sei que desejas o mesmo a mim, uma boa vida boa a você. Fique bem e corra para sua garrafa de vinho antes que o tempo passe. Corra para teus sonhos e seja feliz!
Acho que somente um fio nos liga. Um fio que se torna uma rede, ligando a diversas pessoas. As nossas pessoas! E sabe, eu não estou chateada. Acredito que as coisas tem o seu sentido e um porquê. Não é de hoje que somos assim e, confesso que antigamente, tudo me atingia de uma forma descontrolada. Hoje não! Hoje eu percebo que a gente tentou, eu tentei. Mesmo com tantas diferenças, houve um tempo bom. Um não, vários! Mas eles se foram em presença e permanecem em cada fase de minha vida.
Na nossa última discussão, pude notar que o tempo me fortaleceu e eu cresci. Eu me calei, eu deixei você dizer tudo e mesmo sendo as palavras mais inadequadas e difíceis que ouvi de tantas discussões, eu me calei e ouvi! Sinto que foram também as mais injustas, mas não cheguei a cogitar isso. Eu não chorei! Eu vi tudo, respirei e busquei o ar até o seu máximo. Eu não chorei!
Hoje, após semanas, eu continuo ilesa e vacinada. Não falo isso por você, mas por mim... que surpresa! Somos água e vinho, inevitável nos prendermos um ao outro. Sou de terra e você, água... é inevitável! Eu sou humanas e você, exatas. Sou de beijos e abraços e você, segue contido. É inevitável e compreensível.
Cerca de 15 anos eu fui atingida e eu te agradeço. Sou grata porque aprendi a dizer "não", aprendi a dar valor às pessoas que enxergam a minha alma e as minhas ações. Eu cresci vendo que nem tudo é a cor de alguém, nem sua condição social, muito menos que mentindo ou pisando em alguém -conquistando as coisas- eu me sentiria bem. Eu aprendi a ser honesta comigo mesma.
Por fim, eu só queria entender quando nos perdermos. E mesmo eu preferindo as lembranças ao invés do contato, eu gostaria de saber caso você soubesse. Há tempos eu me faço essa pergunta e não chego a nenhuma conclusão. Então, por favor... eu sei que desejas o mesmo a mim, uma boa vida boa a você. Fique bem e corra para sua garrafa de vinho antes que o tempo passe. Corra para teus sonhos e seja feliz!
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Obsentindo
Tem dias que você quer contar a vida. Do começo ao fim.
E isso me toma em melancolia.
O mundo não quer ouvir. O cansaço não quer permitir.
E isso me deixa pensativa como quem pega um problema matemático para resolver.
Eu quero falar da vida, da sua cor e ver a cor de cada um a cada qual.
E não me importa se eu tenho que esperar por isso e, por enquanto, desejar.
Tem horas que observo fotos. Não para saber dos últimos acontecimentos.
Mas para enxergar o sorriso ou a tristeza no corpo de cada ser. E isso me encanta.
Sentir-se atraída por tristeza e alegria, por desespero e calmaria. Isso definitivamente me seduz!
Poder ver uma cor cinza de cara exposta em uma foto e ver cor laranja ensolarada na posterior.
Tem minutos que olho para semblantes desconhecidos e brinco de descobrir sua vida, suas escolhas e esperanças. E, por algumas vezes, derramo-me em choro interno por procurar a esperança nessas fisionomias e não encontrá-la. E é uma dor tão grande. Não tanto quanto as delas, eu sei. Porém é como uma sinapse em pedaço dos seus sentimentos. E se eu pudesse fazer sinapses dos meus almejos a elas...
E isso me toma em melancolia.
O mundo não quer ouvir. O cansaço não quer permitir.
E isso me deixa pensativa como quem pega um problema matemático para resolver.
Eu quero falar da vida, da sua cor e ver a cor de cada um a cada qual.
E não me importa se eu tenho que esperar por isso e, por enquanto, desejar.
Tem horas que observo fotos. Não para saber dos últimos acontecimentos.
Mas para enxergar o sorriso ou a tristeza no corpo de cada ser. E isso me encanta.
Sentir-se atraída por tristeza e alegria, por desespero e calmaria. Isso definitivamente me seduz!
Poder ver uma cor cinza de cara exposta em uma foto e ver cor laranja ensolarada na posterior.
Tem minutos que olho para semblantes desconhecidos e brinco de descobrir sua vida, suas escolhas e esperanças. E, por algumas vezes, derramo-me em choro interno por procurar a esperança nessas fisionomias e não encontrá-la. E é uma dor tão grande. Não tanto quanto as delas, eu sei. Porém é como uma sinapse em pedaço dos seus sentimentos. E se eu pudesse fazer sinapses dos meus almejos a elas...
Calçando sonhos
Sinto vertigens do que ainda não vivi.
E ao mesmo tempo que são boas,
são confusas e inseguras.
Sinto um aperto quase que sem fim.
E ao mesmo tempo que entrelaça alma e peito,
desata em calma e palavras.
Sinto o mundo na palma de minhas mãos.
E ao mesmo tempo que o agarro com força,
solto na esperança das coisas chegarem ao destino exato.
Na verdade, não sei se sinto ou omito.
Eu só sei que calço as sapatilhas na ponta da alma.
E se isso é sonhar... sinto que vivo de sonhos e por sonhos!
E isso me consola, porque isso é viver.
E ao mesmo tempo que são boas,
são confusas e inseguras.
Sinto um aperto quase que sem fim.
E ao mesmo tempo que entrelaça alma e peito,
desata em calma e palavras.
Sinto o mundo na palma de minhas mãos.
E ao mesmo tempo que o agarro com força,
solto na esperança das coisas chegarem ao destino exato.
Na verdade, não sei se sinto ou omito.
Eu só sei que calço as sapatilhas na ponta da alma.
E se isso é sonhar... sinto que vivo de sonhos e por sonhos!
E isso me consola, porque isso é viver.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Se é tempo de chuva, eu me banho de sonhos...
... Recordo-me de todos maus feitos e deixo que o banho se misture com a água que cai do céu. E essa mistura me queima a pele, arde a alma e "desinqueta" coração. Toca na ferida e na negação.
Se é tempo de chuva, eu pego aquele velho vinil e deixo a antiga bossa nova rolar. Prendo-me em cada palavra, som, música. E não há quem me segure! Descarrego desalentos... desastrosos desaventos!
Mas quando a música acaba, quando a chuva cessa e o tempo pára... tudo retorna! Puxa pra cá o livro de cabeceira. Um gole de café, por favor! Um cigarro pra tragar a alma fétida, o pulmão limpo, a mente sã e o coração banido.
Se é tempo de chuva, eu pego aquele velho vinil e deixo a antiga bossa nova rolar. Prendo-me em cada palavra, som, música. E não há quem me segure! Descarrego desalentos... desastrosos desaventos!
Mas quando a música acaba, quando a chuva cessa e o tempo pára... tudo retorna! Puxa pra cá o livro de cabeceira. Um gole de café, por favor! Um cigarro pra tragar a alma fétida, o pulmão limpo, a mente sã e o coração banido.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Despedida
E nesse seu varal...
Pendure sorrisos, pendure novas fotos
Caretas, velhos retratos!
Pendure seu inglês,
mas não se esqueça de nosso português.
E nesse seu varal...
Pendure seu fardo, sua dor
Seu brio, seu tom, seu dom!
Pendure sua futura vida,
mas não se esqueça de nossa vida.
E nesse seu varal...
Pendure seu azar, pendure seu "barramansês"
Roupas, malas e vá de uma vez!
Pendure sua tristeza,
mas não se esqueça de nossa beleza.
E nesse seu varal...
Penduramos nossa história, poesia
Nossos corações e uma disritmia!
mas não nos esqueçamos de nossa alma.

Caretas, velhos retratos!
Pendure seu inglês,
mas não se esqueça de nosso português.
E nesse seu varal...
Pendure seu fardo, sua dor
Seu brio, seu tom, seu dom!
Pendure sua futura vida,
mas não se esqueça de nossa vida.
E nesse seu varal...
Pendure seu azar, pendure seu "barramansês"
Roupas, malas e vá de uma vez!
Pendure sua tristeza,
mas não se esqueça de nossa beleza.
E nesse seu varal...
Penduramos nossa história, poesia
Nossos corações e uma disritmia!
mas não nos esqueçamos de nossa alma.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Ser eu
Ontem, eu vi uma senhora sentada na porta de um banco pedindo dinheiro a todos que dali saiam; e isso me doeu de uma tal forma por ver a realidade como ela é.
Hoje, eu vi um senhor varrer a rua como quem varre a tristeza do peito e isso me limpou a alma.
São dois opostos, porém são duas vidas. São duas visões, porém são dois sonhos. São duas histórias que me fizeram resgatar a tristeza e angústia diária, mas que também me revigorou para curá-las. E eu voltei... retornei a pessoa a qual sempre quis ser. A qual estava na lembrança e da qual batia uma saudade de arranhar o coração constantemente.
Eu me religuei aos velhos amigos, aos velhos momentos e antigos finais de semana. EU ME RELIGUEI! Eu fiz renascer cada ponto que eu já não esperava voltar. Mas voltaram com tanta alegria e que falta eles me faziam. EU RENASCI!
Ontem, eu pisei onde eu sempre quis estar. E olhar todos aqueles olhares, sentir todas aquelas energias e sensações só me fez ter mais certeza disso.
Hoje, eu percebi que tudo se encaixa e as coisas que nos são oferecidas tem o seu porquê. São coisas que só você pode suportá-las e conduzí-las. Porém quando se está ao lado das pessoas certas, isso se torna um fácil aprendizado.
Hoje, eu vi um senhor varrer a rua como quem varre a tristeza do peito e isso me limpou a alma.
São dois opostos, porém são duas vidas. São duas visões, porém são dois sonhos. São duas histórias que me fizeram resgatar a tristeza e angústia diária, mas que também me revigorou para curá-las. E eu voltei... retornei a pessoa a qual sempre quis ser. A qual estava na lembrança e da qual batia uma saudade de arranhar o coração constantemente.
Eu me religuei aos velhos amigos, aos velhos momentos e antigos finais de semana. EU ME RELIGUEI! Eu fiz renascer cada ponto que eu já não esperava voltar. Mas voltaram com tanta alegria e que falta eles me faziam. EU RENASCI!
Ontem, eu pisei onde eu sempre quis estar. E olhar todos aqueles olhares, sentir todas aquelas energias e sensações só me fez ter mais certeza disso.
Hoje, eu percebi que tudo se encaixa e as coisas que nos são oferecidas tem o seu porquê. São coisas que só você pode suportá-las e conduzí-las. Porém quando se está ao lado das pessoas certas, isso se torna um fácil aprendizado.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Doces frutos estragados

Não é necessário guardar as partes estragadas, descarte-as. Por vezes, elas foram importantes. Mas por agora, passaram do prazo de validade. Salve os sorrisos, sinta os braços, deleite-se em colo - mesmo que por mera lembrança - pois nunca se apagam marcas na alma, porém, acumulam-se com as que estão por vir. Aguarde-as!
Permita-se por todo instante! Assim como você quer ver tantos bem quereres bem, também se tenha o direito de si querer melhor a cada dia. Rejuvenesça-se!
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Em oração
Queria ser digna de tantos pedidos,
mas mesmo assim, com uma chama de fé, irei rogar.
São tantos corpos, tantos queridos...
muita mágica pra pouca crença.
Pois bem, há muito amor!
E olha, Senhor...
é um excelente motivo
para curar minha dor!
E, se vistes de tão perto aqueles olhos...
sentiria um nó pelas artérias cada vez mais se apertar.
Veria cada lágrima sendo segurada,
que se tornaria desespero por não poder ajudar.
Se sentisse a mão trêmula,
o corpo gelado...
Criaria religião, força, fé e soldado.
Reconstruiria até o mundo.
Mas eu... eu não!
Fiquei ali estática, um ser mudo.
Não sabia o que fazer,
que horas agir e ser!
Ser alguém pra confortar um outro alguém.
Porém, sou um alguém que sentia os mesmos nós do outro.
Então, eu me fingi de forte e, por sorte,
ficamos abraçados. Eu e o outro.
Amém!
mas mesmo assim, com uma chama de fé, irei rogar.

muita mágica pra pouca crença.
Pois bem, há muito amor!
E olha, Senhor...
é um excelente motivo
para curar minha dor!
E, se vistes de tão perto aqueles olhos...
sentiria um nó pelas artérias cada vez mais se apertar.
Veria cada lágrima sendo segurada,
que se tornaria desespero por não poder ajudar.
Se sentisse a mão trêmula,
o corpo gelado...
Criaria religião, força, fé e soldado.
Reconstruiria até o mundo.
Mas eu... eu não!
Fiquei ali estática, um ser mudo.
Não sabia o que fazer,
que horas agir e ser!
Ser alguém pra confortar um outro alguém.
Porém, sou um alguém que sentia os mesmos nós do outro.
Então, eu me fingi de forte e, por sorte,
ficamos abraçados. Eu e o outro.
Amém!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Um bom iniciado "dia bom"
Nada como um dia bem começado.
Acaba-se o jogo e se seu time termina empatado...
Vejamos pelo lado positivo,
pelo menos não perdeu.
É um bom motivo!
Mesmo irritada por tal "meia-derrota",
liga-se seu filme predileto.
Ele te faz um bem de cara feliz exposta.
Ele te abranda pelo início de madrugada.
É um bom calmante! (ela sente)
E, na metade do filme se lembra que acordará cedo
Mas não se importa e permanece a francesar.
De repente, um barulho faz tudo pausar.
Puxa-se a cortina levemente, deixando-se apenas uma fresta
É som de chuva, é cheiro de molhada terra e é festa!
Escancara-se mais a cortina, que antes, era tímida.
Abra-se a janela desavergonhada.
Respira, respira!
É chuva média... nem calma, muito menos exagerada!
Avista-se uma lagartixa acordada pregada no teto da varanda.
Ela não está sozinha!
Bem-vinda bicho de quatro patas e olhos estatalados.
Bem-vinda água que lava dias anteriores pela madrugada.
Parece que esta não quer ser incomodada e nem quer incomodar.
E ela, muito ousada, foi sondá-la!
Corre-se novamente para frente do computador,
derruba-se livros da cama!
Filme ainda pausado, grande curador.
É preciso relatar, antes de terminar Poulain...
Que seu dia começou bem!
E, dando um "play":
" Os tempos são difíceis para os sonhadores"
Acaba-se o jogo e se seu time termina empatado...
Vejamos pelo lado positivo,
pelo menos não perdeu.
É um bom motivo!
Mesmo irritada por tal "meia-derrota",
liga-se seu filme predileto.
Ele te faz um bem de cara feliz exposta.
Ele te abranda pelo início de madrugada.
É um bom calmante! (ela sente)
E, na metade do filme se lembra que acordará cedo
Mas não se importa e permanece a francesar.
De repente, um barulho faz tudo pausar.
Puxa-se a cortina levemente, deixando-se apenas uma fresta
É som de chuva, é cheiro de molhada terra e é festa!
Escancara-se mais a cortina, que antes, era tímida.
Abra-se a janela desavergonhada.
Respira, respira!
É chuva média... nem calma, muito menos exagerada!
Avista-se uma lagartixa acordada pregada no teto da varanda.
Ela não está sozinha!
Bem-vinda bicho de quatro patas e olhos estatalados.
Bem-vinda água que lava dias anteriores pela madrugada.
Parece que esta não quer ser incomodada e nem quer incomodar.
E ela, muito ousada, foi sondá-la!
Corre-se novamente para frente do computador,
derruba-se livros da cama!
Filme ainda pausado, grande curador.
É preciso relatar, antes de terminar Poulain...
Que seu dia começou bem!
E, dando um "play":
" Os tempos são difíceis para os sonhadores"
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Dia de ressaca
Certo dia, eu te joguei ao mar
e, foi como uma promessa feita,
como promessa à Iemanjá.
Eu te entreguei para tentar me libertar.

Foram dias, ciclos e meses.
E, como criança emburrada,
recusei-me, por diversas vezes,
dar-lhe por "situação acabada".
Caçava-te pelas areias da praia,
como quem procura conchas dedo a dedo.
E, quando pensava que as encontraria,
percebia que apenas tinha sonhado.
Só que por um ato desatento,
Esqueci-me das ondas,
dos seus batimentos, rebatimentos e, portanto,
caí-me no seu retorno santo.
E, quando você se vai...
parece que tudo se curou,
mas resta tanta falta.
Então, espero -certa- sua volta.
Daqui a um tempo,
você se esvairá.
E, eu continuarei sendo,
a que te buscará....
... à beira do mar!
e, foi como uma promessa feita,
como promessa à Iemanjá.
Eu te entreguei para tentar me libertar.

Foram dias, ciclos e meses.
E, como criança emburrada,
recusei-me, por diversas vezes,
dar-lhe por "situação acabada".
Caçava-te pelas areias da praia,
como quem procura conchas dedo a dedo.
E, quando pensava que as encontraria,
percebia que apenas tinha sonhado.
Só que por um ato desatento,
Esqueci-me das ondas,
dos seus batimentos, rebatimentos e, portanto,
caí-me no seu retorno santo.
E, quando você se vai...
parece que tudo se curou,
mas resta tanta falta.
Então, espero -certa- sua volta.
Daqui a um tempo,
você se esvairá.
E, eu continuarei sendo,
a que te buscará....
... à beira do mar!
sábado, 17 de setembro de 2011
Confesso...
... que subo escadas e alcanço quase que o céu para ver estrelas do telhado.
... que discuto comigo mesma ao me deitar e me vejo no teto, vendo-me.
... que fecho os olhos e os aperto tanto, a fim de, ver meu futuro no meio de tantos pensamentos.
... que sinto boas saudades doídas de tão boas que são.
... que adoro braços, porém não os reparo e sinto cada um em abraços.
... que me divirto analisando quantas vezes você já bateu o pé no chão e mordeu os lábios, ou então, coçou a cabeça e bateu lápis/caneta na mesa/caderno. Isso é quase um samba!
... que despedidas demoradas são como sonho bom, pois uma hora tem que acabar.Mas sempre ficam. Ficam!
... que não há expressão melhor que um bom palavrão para demonstrar sua felicidade ou indignação.
... que presumo tanto, sonho quanto e ambos ficam na mente ou não saem do papel. Às vezes, nem percorrem veias e nem chegam ao coração. Triste alma, que só fica com a marca de tudo.
... que corro muito. Uma disputa incessante com o tempo, que ao parar estranho-me e me cobro.
... que gosto de ser anunciada da chegada da chuva pelo cheiro de terra molhada que limpa meu corpo.
... que minhas vísceras dão diversos nós se não vejo meu bem querer bem.
... que sou apaixonada por sorrisos em olhares e olhares em sorrisos.
... que perco horas olhando formigas unidas e suas rodadas com um alimento maior do que suportam. E assim, seguem...
... que não há vinte minutos mais queridos quando o destino final é recompensado com laços, beijos, música, braços, bolos, amor e abraços. Caso contrário, seria estranho.
Confesso...
... que confessei!
... que discuto comigo mesma ao me deitar e me vejo no teto, vendo-me.
... que fecho os olhos e os aperto tanto, a fim de, ver meu futuro no meio de tantos pensamentos.
... que sinto boas saudades doídas de tão boas que são.
... que adoro braços, porém não os reparo e sinto cada um em abraços.
... que me divirto analisando quantas vezes você já bateu o pé no chão e mordeu os lábios, ou então, coçou a cabeça e bateu lápis/caneta na mesa/caderno. Isso é quase um samba!
... que despedidas demoradas são como sonho bom, pois uma hora tem que acabar.Mas sempre ficam. Ficam!
... que não há expressão melhor que um bom palavrão para demonstrar sua felicidade ou indignação.
... que presumo tanto, sonho quanto e ambos ficam na mente ou não saem do papel. Às vezes, nem percorrem veias e nem chegam ao coração. Triste alma, que só fica com a marca de tudo.
... que corro muito. Uma disputa incessante com o tempo, que ao parar estranho-me e me cobro.
... que gosto de ser anunciada da chegada da chuva pelo cheiro de terra molhada que limpa meu corpo.
... que minhas vísceras dão diversos nós se não vejo meu bem querer bem.
... que sou apaixonada por sorrisos em olhares e olhares em sorrisos.
... que perco horas olhando formigas unidas e suas rodadas com um alimento maior do que suportam. E assim, seguem...
... que não há vinte minutos mais queridos quando o destino final é recompensado com laços, beijos, música, braços, bolos, amor e abraços. Caso contrário, seria estranho.
Confesso...
... que confessei!
terça-feira, 23 de agosto de 2011
1/3 para um terço
Uma vontade imensa de querer arrancar de forma rápida e pronta a dor dos que jamais me trazem dor.
Uma vontade imensa de gritar para Deus na esperança que Ele me ouça, mesmo eu não O ouvindo como teria que ser.
Uma vontade intensa de te ter pra sempre. Constantemente aos nossos lados.
Uma vontade intensa de dizer que isso é um pesadelo e logo irá passar.
Então...
Perdoe a minha necessidade de querer a vida pra mim. De querer o mundo a minha maneira.
Perdoe o meu pessimismo e a minha boca falsa ao dizer: "Tudo está bem", quando na verdade, era para ser: "Só estará bem quando tiver a certeza que estarás comigo bem"
Perdoe-me por não pedir a Deus todas às noites o seu bem querer e a tantos outros, sabendo que nem pra mim eu peço e deveria.
Perdoe-me por ser tão desprovida de crença o suficiente para lhe apoiar.
Perdoe-me ser quem sou, quando poderia ser tão bem mais eu (quem sabe outra).
E, por tudo isso...
Obrigada por nunca me abandonar.
Por colocar tanta fé em mim, pois às vezes, remete-me a sensação de que a minha fé em mim mesma está em ti, além da que você já possui.
Obrigada por lembrar de mim. Lembrar de como sou, quando às vezes eu me perco.
Muito obrigada por todo esse amor me oferecido. Por me fazer conhecer o amor que não cabe no peito. O amor de matar e morrer, de largar e juntar, o amor que eu sinto por cura.
Muito obrigada pela sua existência e, com licença, fique mais!
Uma vontade imensa de gritar para Deus na esperança que Ele me ouça, mesmo eu não O ouvindo como teria que ser.
Uma vontade intensa de te ter pra sempre. Constantemente aos nossos lados.
Uma vontade intensa de dizer que isso é um pesadelo e logo irá passar.
Então...
Perdoe a minha necessidade de querer a vida pra mim. De querer o mundo a minha maneira.
Perdoe o meu pessimismo e a minha boca falsa ao dizer: "Tudo está bem", quando na verdade, era para ser: "Só estará bem quando tiver a certeza que estarás comigo bem"
Perdoe-me por não pedir a Deus todas às noites o seu bem querer e a tantos outros, sabendo que nem pra mim eu peço e deveria.
Perdoe-me por ser tão desprovida de crença o suficiente para lhe apoiar.
Perdoe-me ser quem sou, quando poderia ser tão bem mais eu (quem sabe outra).
E, por tudo isso...
Obrigada por nunca me abandonar.
Por colocar tanta fé em mim, pois às vezes, remete-me a sensação de que a minha fé em mim mesma está em ti, além da que você já possui.
Obrigada por lembrar de mim. Lembrar de como sou, quando às vezes eu me perco.
Muito obrigada por todo esse amor me oferecido. Por me fazer conhecer o amor que não cabe no peito. O amor de matar e morrer, de largar e juntar, o amor que eu sinto por cura.
Muito obrigada pela sua existência e, com licença, fique mais!
domingo, 21 de agosto de 2011
O acaso
E, quando você pensa em uma pessoa, seja ela quem for ou de onde for, ela só é quem é para você se te faz bem. Não importa sua cor, dogma, raça. Não importa seu time, seja ela quem for e é.
Mesmo com a distância, esbarra-se na quilometragem de conversas, discussões, risos e na capacidade de se exercitar o"ser humano".
E, quando você pensa em uma pessoa, seja ela quem for ou de onde for, ela só é quem é para você se te faz bem. Não importa como seja, desde que seja. Não importa o tempo desde que tenha motivo suficiente para se agradecer de tê-la...
E se eu disser obrigada procurarei em demasiados dicionários a maneira mais exacerbada de representação, pois em um momento tão conturbado eu conseguia e consigo esquecer por uns instantes o que me aflige.
E se eu disser que acredito em Deus, darei vários exemplos de várias vidas, momentos, porém, ele pode ser dito em alguém que eu não conheço o qual possui pseudônimo de antígeno.
Mesmo com a distância, esbarra-se na quilometragem de conversas, discussões, risos e na capacidade de se exercitar o"ser humano".
E, quando você pensa em uma pessoa, seja ela quem for ou de onde for, ela só é quem é para você se te faz bem. Não importa como seja, desde que seja. Não importa o tempo desde que tenha motivo suficiente para se agradecer de tê-la...
E se eu disser obrigada procurarei em demasiados dicionários a maneira mais exacerbada de representação, pois em um momento tão conturbado eu conseguia e consigo esquecer por uns instantes o que me aflige.
E se eu disser que acredito em Deus, darei vários exemplos de várias vidas, momentos, porém, ele pode ser dito em alguém que eu não conheço o qual possui pseudônimo de antígeno.
sábado, 20 de agosto de 2011
Dezoito a gosto
"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam." (Clarice Lispector)
Acredito na existência dos anjos e por acreditar tanto neles, vejo-os seguindo sempre ao meu lado. Vejo-os iluminando dias e seres. Estão em presente presença, jamais passado.
Acredito fortemente em vivos anjos, de corpo e alma. São meus amigos. Parecem mágicos, trazem-me calma.
Um anjo veio fazer moradia em meu dia a dia. Era tão meiga, calada... porém aos poucos surgia!
De pele clara, de alma lavada, cabelo escuro e fragilizada.
Em poucos segundos, muitos momentos! Em poucos dias, histórias de caber o mundo. Dança, festa e fantasias!
Hoje, mesmo com tempo corrido, inesquecível anjo está comigo. E, baseada em um passado intensamente vivido. Agradeço sua cor, choro, felicidade. Fiéis à dificuldade de hora, fiéis a um todo.
Bom é saber que tenho a você. Feliz é você me ilmuninar. Bem me faz te ver. Ótimo é te ter bem. Grata por me encantar.
São abraços, histórias e vidas. Festas, bebidas e pão de queijo. É a vida, da vida é. Notas trimestrais, musicais notas, sinfonia trivial. Hambúguer, filme.
E por tanta vida, feliz aniversário. Por tanta ajuda, "felizidade". Muitas conquistas, sonhos a realizar. Muita memória para nunca me deixar. Muita saúde para muito fazermos e aprendermos (juntas). Muita festa e alegria. Sorrisos de dentes sorridentes e escancarados.
Acredito na existência dos anjos e por acreditar tanto neles, vejo-os seguindo sempre ao meu lado. Vejo-os iluminando dias e seres. Estão em presente presença, jamais passado.
Acredito fortemente em vivos anjos, de corpo e alma. São meus amigos. Parecem mágicos, trazem-me calma.
Um anjo veio fazer moradia em meu dia a dia. Era tão meiga, calada... porém aos poucos surgia!
De pele clara, de alma lavada, cabelo escuro e fragilizada.
Em poucos segundos, muitos momentos! Em poucos dias, histórias de caber o mundo. Dança, festa e fantasias!
Hoje, mesmo com tempo corrido, inesquecível anjo está comigo. E, baseada em um passado intensamente vivido. Agradeço sua cor, choro, felicidade. Fiéis à dificuldade de hora, fiéis a um todo.
Bom é saber que tenho a você. Feliz é você me ilmuninar. Bem me faz te ver. Ótimo é te ter bem. Grata por me encantar.
São abraços, histórias e vidas. Festas, bebidas e pão de queijo. É a vida, da vida é. Notas trimestrais, musicais notas, sinfonia trivial. Hambúguer, filme.
E por tanta vida, feliz aniversário. Por tanta ajuda, "felizidade". Muitas conquistas, sonhos a realizar. Muita memória para nunca me deixar. Muita saúde para muito fazermos e aprendermos (juntas). Muita festa e alegria. Sorrisos de dentes sorridentes e escancarados.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
"Contandiano"
Ela continua contando seus passos.
Às vezes se perde pela manhã por correr tanto.
Por algumas vezes, perde-se por anseio.
Segue-se apenas um ritmo, é batida... tango.
Permanece à espera, aguarda.
Por meses age, extrapola.
Sente-se presa,
ao mesmo tempo liberta.
Cruza a paralela,
trafega em um ônibus sol,
sol de cor "verão amarela" - em pleno inverno-
Soa-se tom distraída em plena principal.
Desfila uma avenida, espera um sinal.
Olha-se um mundo norte,
Repara-se uma vida leste.
Ela conclui seu um quarto de dia carnaval.
Atravessa uma ponte redesenhada.
Tropeço de rampa refeita.
Passos curtos,
fita-se o rio deslizar.
Cobre a pele com o vento.
Parece-lhe cura, talvez seja efetivo.
Ultrapassa-a carros, pernas, ar.
Tens uma hora...
Menina, deixa de tanta labuta!
Encoste essa azáfama e
solte essa amarra!
Caia nessa roda.
Deixe que hoje o tom se faz na hora
Já mandei lhe avisar:
Só assim vou sossegar...
Oh moçoila, vá descansar!
Às vezes se perde pela manhã por correr tanto.
Por algumas vezes, perde-se por anseio.
Segue-se apenas um ritmo, é batida... tango.
Permanece à espera, aguarda.
Por meses age, extrapola.
Sente-se presa,
ao mesmo tempo liberta.
Cruza a paralela,
trafega em um ônibus sol,
sol de cor "verão amarela" - em pleno inverno-
Soa-se tom distraída em plena principal.
Desfila uma avenida, espera um sinal.
Olha-se um mundo norte,
Repara-se uma vida leste.
Ela conclui seu um quarto de dia carnaval.
Atravessa uma ponte redesenhada.
Tropeço de rampa refeita.
Passos curtos,
fita-se o rio deslizar.
Cobre a pele com o vento.
Parece-lhe cura, talvez seja efetivo.
Ultrapassa-a carros, pernas, ar.
Tens uma hora...
Menina, deixa de tanta labuta!
Encoste essa azáfama e
solte essa amarra!
Caia nessa roda.
Deixe que hoje o tom se faz na hora
Já mandei lhe avisar:
Só assim vou sossegar...
Oh moçoila, vá descansar!
domingo, 31 de julho de 2011
Intitulável Rei dos Títulos
Por diversas vezes meu coração bateu mais forte. É uma falta de ar, são suspiros constantes. Talvez ausência de palavras, perca de fala até.
Por diversas vezes minhas mãos gelaram. E, sem controle da situação, minhas pernas estremeceram. Merecia-se exaltação de glória, merecia-se si merecer.
Por diversas vezes se tornou inconsciente, passou a hábito e este com o tempo foi designado à necessidade. De chegada arrebatora pareceu ser a mim algum feitiço encantado o qual jamais será entregue ao abandono.
Disseram-me ser paixão o significado resumitivo de todas essas sensações. E por todas as análises, acredito que não seja. Paixão é algo que vem e vai. Passa! Deduzi ser amor, porém é algo além. O amor um dia pode acabar seja por desgaste, desilusão ou por deixar de ser.
Adquiri uma tatuagem na alma, um selo no peito e não há razão para o fim. Jamais! É apreensão por cada segundo. Grito a todo momento. Não importa onde e com quem esteja. Se me traz alegria, eu mando beijos ao vento. Se me traz derrota, eu me aperto em abraços. E amanhã...
E amanhã quando a bola rolar novamente, eu vestirei minha camisa vermelha e preta. Cantarei o seu hino mais lindo e sagrado até ecoar para o mundo, pois morreria não ter nascido você, não festejar a cada conquista e admirar cada coro do torcedor. Não admitiria outro sangue a não ser o grandioso sangue rubro-negro.
Se perdes, há dor. Mas há consolo na história, há vida na arquibancada e sempre existirá o imensurável amor. Eu largo tudo pra te ver, troco o mundo por você. Somente por você, Flamengo. Meu único, grande e eterno hereditário amor.
Por diversas vezes minhas mãos gelaram. E, sem controle da situação, minhas pernas estremeceram. Merecia-se exaltação de glória, merecia-se si merecer.
Por diversas vezes se tornou inconsciente, passou a hábito e este com o tempo foi designado à necessidade. De chegada arrebatora pareceu ser a mim algum feitiço encantado o qual jamais será entregue ao abandono.
Disseram-me ser paixão o significado resumitivo de todas essas sensações. E por todas as análises, acredito que não seja. Paixão é algo que vem e vai. Passa! Deduzi ser amor, porém é algo além. O amor um dia pode acabar seja por desgaste, desilusão ou por deixar de ser.
Adquiri uma tatuagem na alma, um selo no peito e não há razão para o fim. Jamais! É apreensão por cada segundo. Grito a todo momento. Não importa onde e com quem esteja. Se me traz alegria, eu mando beijos ao vento. Se me traz derrota, eu me aperto em abraços. E amanhã...
E amanhã quando a bola rolar novamente, eu vestirei minha camisa vermelha e preta. Cantarei o seu hino mais lindo e sagrado até ecoar para o mundo, pois morreria não ter nascido você, não festejar a cada conquista e admirar cada coro do torcedor. Não admitiria outro sangue a não ser o grandioso sangue rubro-negro.
Se perdes, há dor. Mas há consolo na história, há vida na arquibancada e sempre existirá o imensurável amor. Eu largo tudo pra te ver, troco o mundo por você. Somente por você, Flamengo. Meu único, grande e eterno hereditário amor.
domingo, 24 de julho de 2011
Stop, por favor
Às vezes tento ser forte como uma montanha.
Às vezes não, sempre!
E mesmo sendo sincera com a vida,
creio que eu não seja comigo mesma.
não há montanha,
não há de mim, guarida.
Mas eu me esforço em ser grande,
porém me perco e,
perco a linha.
Eu me exalto em ser alguém,
mas esqueço do tropeço.
Sinto uma vontade quase que dolorosa
se já não houvesse tanta dor
querendo ser retirada.
Sinto meus pés soltos ao ar,
e minhas mãos atadas.
Eu sinto que sinto
o que na verdade nunca senti.
Não sei explicar,
só peço que o mundo espere.
Espere a calma,
aguarde!
Espere os acertos,
presuma!
Espero que espere,
stop!
Às vezes não, sempre!
E mesmo sendo sincera com a vida,
creio que eu não seja comigo mesma.
não há montanha,
não há de mim, guarida.
Mas eu me esforço em ser grande,
porém me perco e,
perco a linha.
Eu me exalto em ser alguém,
mas esqueço do tropeço.
Sinto uma vontade quase que dolorosa
se já não houvesse tanta dor
querendo ser retirada.
Sinto meus pés soltos ao ar,
e minhas mãos atadas.
Eu sinto que sinto
o que na verdade nunca senti.
Não sei explicar,
só peço que o mundo espere.
Espere a calma,
aguarde!
Espere os acertos,
presuma!
Espero que espere,
stop!
sexta-feira, 8 de julho de 2011
...
Atualmente, meu maior medo na vida é perder o sentido de quem me traz vida por todos os momentos.
Atualmente, queria poder ser gênio e curar este mal.
É dor física, dor de perda, dor de amor maior.
Atualmente, eu só fico na vontade de ser e nada mais.
Atualmente, queria poder ser gênio e curar este mal.
É dor física, dor de perda, dor de amor maior.
Atualmente, eu só fico na vontade de ser e nada mais.
Ainda há
E há feridas que se fecham,
dores que se vão.
Talvez nunca estiveram aqui.
Talvez não passaram de ilusão!
E há sorrisos a minha frente,
que jamais quero esquecer.
Tem pessoas que me tornam.
Tem pessoas que retornam!
E há caminhos dispostos
que não me canso de ver,
outros, procuro definição.
E há mais brilho nessa hora,
não permita esmurecer,
pois mesmo que demore.
E há hoje no dicionário,
que eu não quero entender.
Segundo, calendário, agora!
dores que se vão.
Talvez nunca estiveram aqui.
Talvez não passaram de ilusão!
E há sorrisos a minha frente,
que jamais quero esquecer.
Tem pessoas que me tornam.
Tem pessoas que retornam!
E há caminhos dispostos
que não me canso de ver,
outros, procuro definição.
E há mais brilho nessa hora,
não permita esmurecer,
pois mesmo que demore.
E há hoje no dicionário,
que eu não quero entender.
Segundo, calendário, agora!
sábado, 2 de julho de 2011
Metamorfoseada humanIdade
Tem dia que um aperto no peito me consome por horas.
É um incômodo de saudade, incerteza e fim.
Tem dia que a vontade de parar é imensa.
É uma força quase que irresistível e um tanto desejada.
Tem semanas que os sonhos me perseguem,
porém a angústia me arruina.
Tem semanas que tento adivinhar o final da caminhada,
porém me perco antes que as revelações me alcancem.
Tem meses que passo lutando com esforço,
mas esbravejo pelo o que me cansa.
Tem meses que passo,
mas em sua maioria, eles me passam.
Tem anos que tento descobrir o significado dessa dorzinha,
e juntando o todo ao tudo não encontro solução.
Tem anos que tento saber quem eu sou,
e juntando o todo ao tudo percebo que não passo de uma constante transformação.
É um incômodo de saudade, incerteza e fim.
Tem dia que a vontade de parar é imensa.
É uma força quase que irresistível e um tanto desejada.
Tem semanas que os sonhos me perseguem,
porém a angústia me arruina.
Tem semanas que tento adivinhar o final da caminhada,
porém me perco antes que as revelações me alcancem.
Tem meses que passo lutando com esforço,
mas esbravejo pelo o que me cansa.
Tem meses que passo,
mas em sua maioria, eles me passam.
Tem anos que tento descobrir o significado dessa dorzinha,
e juntando o todo ao tudo não encontro solução.
Tem anos que tento saber quem eu sou,
e juntando o todo ao tudo percebo que não passo de uma constante transformação.
sábado, 25 de junho de 2011
N' uma metade de hora
Prendi-me tanto ao relógio que já não sei o que é se esconder. Tampar-me do tempo tem se tornado cada vez mais difícil. Corro para não perder o ônibus mesmo não enxergando o dia e as manhãs que tem sido tão escuras e frias. Corro para dar conta dos exercícios pela tarde e depois dar aula ao pôr do sol. Corro do sono para ler à noite. Corro da vida pela vida.
Talvez seja um mísero detalhe, porém ganhar trinta minutos para uma pausa na última segunda feira foi secular. Sinceramente, não sabia nem por onde começar. Não sabia conduzir meus pés para a rua. Agora sim posso dizer RUA, pois antes era apenas o "caminho de ida e de volta". Parecia que estava sendo apresentada ao mundo. Queria ver tudo no mesmo segundo e o céu. Queria ver as casas que parecem ter asas e as faixas de pedestres que pintava o caminho da minha caça ao tesouro. Mas para onde eu seguia?
Dispensando respostas, subi as escadas rolantes e quando respirei fundo senti o mundo em meus pulmões. Eram números de um lado, gastronomia do outro, clássicos e específicos, infantil, adulto, juvenil. Ali estava o planeta em quatro bonitas paredes. Silêncio! Meus olhos acompanhavam cada canto daquela livraria e ao me deparar com um dos meus primeiros livros de infância, abri-o. Passei por cada página e figura e, quase como uma obsessão, devorei seu aroma. Cheiro de nove anos de idade, de mesma capa, de criança, de ingenuidade e herança de mãe.
E por ora, meia hora passa depressa.
Preciso correr que já é tarde e
tenho pressa!
Talvez seja um mísero detalhe, porém ganhar trinta minutos para uma pausa na última segunda feira foi secular. Sinceramente, não sabia nem por onde começar. Não sabia conduzir meus pés para a rua. Agora sim posso dizer RUA, pois antes era apenas o "caminho de ida e de volta". Parecia que estava sendo apresentada ao mundo. Queria ver tudo no mesmo segundo e o céu. Queria ver as casas que parecem ter asas e as faixas de pedestres que pintava o caminho da minha caça ao tesouro. Mas para onde eu seguia?
Dispensando respostas, subi as escadas rolantes e quando respirei fundo senti o mundo em meus pulmões. Eram números de um lado, gastronomia do outro, clássicos e específicos, infantil, adulto, juvenil. Ali estava o planeta em quatro bonitas paredes. Silêncio! Meus olhos acompanhavam cada canto daquela livraria e ao me deparar com um dos meus primeiros livros de infância, abri-o. Passei por cada página e figura e, quase como uma obsessão, devorei seu aroma. Cheiro de nove anos de idade, de mesma capa, de criança, de ingenuidade e herança de mãe.
E por ora, meia hora passa depressa.
Preciso correr que já é tarde e
tenho pressa!
terça-feira, 14 de junho de 2011
De olhos vendados
O que mais me dilacera é a velhice. Não a minha propriamente dita. Esta me encanta. Porém, quando se trata do envelhecimento ao meu redor, fico perdida. Tudo se torna tão intangível e obscuro que por mais que eu procure, ou até mesmo, encontre uma saída, não deixará de ser uma ilusão.
Ontem, após um telefonema, eu tive a vontade de segurar dois corações, duas idades, sexos opostos. Eu tive a vontade de parar o tempo. Quem sabe até jogar tudo para o alto e aproveitar cada milésimo me imposto como um resto.
Uma vez brincar de ser Deus ou de ser vida já me bastaria. Pois qualquer coisa não é tão ruim quanto se ter ciência do que ocorre e nada a fazer senão ver.
Por dois minutos vou fechar os olhos e fingir não enxergar, vou fingir ser criança, com todo tempo a ser gasto e chorar apenas porque hoje é meu primeiro dia de aula, ou então, porque minha única dor é da queda do balanço. Vou fingir que não cresci e que as pessoas permanecem as mesmas, intactas e eternas, como eu sempre achei que elas fossem.
Ontem, após um telefonema, eu tive a vontade de segurar dois corações, duas idades, sexos opostos. Eu tive a vontade de parar o tempo. Quem sabe até jogar tudo para o alto e aproveitar cada milésimo me imposto como um resto.
Uma vez brincar de ser Deus ou de ser vida já me bastaria. Pois qualquer coisa não é tão ruim quanto se ter ciência do que ocorre e nada a fazer senão ver.
Por dois minutos vou fechar os olhos e fingir não enxergar, vou fingir ser criança, com todo tempo a ser gasto e chorar apenas porque hoje é meu primeiro dia de aula, ou então, porque minha única dor é da queda do balanço. Vou fingir que não cresci e que as pessoas permanecem as mesmas, intactas e eternas, como eu sempre achei que elas fossem.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Tamanho de Felicidade
O Sol tímido iluminava
sua pele negra reluzente.
Expunha sua magreza
em pés descalços ao chão
e fazia de seus dentes brancos,
reflexos de felicidade.
Firmemente carregava em sua mão,
troféu em forma de pedaço de pizza.
Esta era mastigada com tanto sorriso
que nem reparei na sua roupa,
muito menos na idade.
Eu fitava sua boca.
Uma criança devorada por alegria em pedaço.
sua pele negra reluzente.
Expunha sua magreza
em pés descalços ao chão
e fazia de seus dentes brancos,
reflexos de felicidade.
Firmemente carregava em sua mão,
troféu em forma de pedaço de pizza.
Esta era mastigada com tanto sorriso
que nem reparei na sua roupa,
muito menos na idade.
Eu fitava sua boca.
Uma criança devorada por alegria em pedaço.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Que vontade de ser seres
Antigamente, não tinha a visão de domingo generalizada. Os meus domingos eram tão mágicos. Já fui narradora, filha, bailarina, cantora, palhaça. Já fui bicho. Eu fui quem eu realmente sempre quis ser.
Perdi tantos jogos do meu time. Perdi o Flamengo jogar e suas finais. Ouvia os gritos da rua, fogos e me continha ao máximo para não explodir de felicidade quando ele fazia gol nos momentos mais inadequados. Mas valeu tanta pena. Eu não perdi nada, eu só ganhei.
E hoje, em uma rede social na internet, vi o comentário de um amigo que também já foi tantas coisas, mas que vai voltar a ser. Que vontade de ser seres. Que vontade de estar com esses seres e de abraçá-los no início da noite e final do fim de semana, após comermos pipoca, tomarmos sorvete e vermos uma roda de capoeira na praça.
É do domingo que eu tenho saudade, é da roda de violão, dos pés descalços no palco, dos tombos, das discussões misturadas com ideias, preocupações com o tempo. Um aperto de medo do que irão sentir, se irão aprovar e se tudo dará certo. Uma saudade que só parece aumentar e que parece ter sido fantasia. Afinal, eles nunca me soaram como um simples domingo.
Perdi tantos jogos do meu time. Perdi o Flamengo jogar e suas finais. Ouvia os gritos da rua, fogos e me continha ao máximo para não explodir de felicidade quando ele fazia gol nos momentos mais inadequados. Mas valeu tanta pena. Eu não perdi nada, eu só ganhei.
E hoje, em uma rede social na internet, vi o comentário de um amigo que também já foi tantas coisas, mas que vai voltar a ser. Que vontade de ser seres. Que vontade de estar com esses seres e de abraçá-los no início da noite e final do fim de semana, após comermos pipoca, tomarmos sorvete e vermos uma roda de capoeira na praça.
É do domingo que eu tenho saudade, é da roda de violão, dos pés descalços no palco, dos tombos, das discussões misturadas com ideias, preocupações com o tempo. Um aperto de medo do que irão sentir, se irão aprovar e se tudo dará certo. Uma saudade que só parece aumentar e que parece ter sido fantasia. Afinal, eles nunca me soaram como um simples domingo.
sábado, 7 de maio de 2011
Um único desejo
Certa vez, ainda criança, tive um sonho em que você possuia um fecho e que conforme ia o abrindo, transformava-se em outra pessoa, além disso, tinha o poder de se transformar em miniatura. Eu nunca o comentei e muito menos o compreendi, mas sempre o guardei comigo.
Porém, nessa semana, ao me desesperar diversas vezes, chegar em casa e não encontrá-la pra desabafar e pedir carinho, consegui compreender o sonho de anos atrás. Mesmo você não estando em casa, mais que depressa liguei para o seu celular e quando o atendeu, desabei como tava doida pra fazer. Eu sei que estavas a uma esquina de distância de mim, mas não sabes o quanto que queria que me abraçasses de apertar os pulmões.
Então, como toda necessidade faz despertar... eureka! Descobri que sinto sua falta, mesmo que distraída a cada instante, que não há amor e sinceridade maior que alguém possa me oferecer. Desvendei que você é tanta coisa, mas sempre a mesma pessoa. É tudo o que há de mim e que viraria o que fosse pra me ver bem.
Se eu pudesse fazer uma mágica, seria a de nunca te perder, de poder ter uma miniatura real sua para poder carregar sempre comigo enquanto cada uma vai para seu canto. Porém, isso não passa de um desejo egoísta meu, um desejo de extrema importância.
Confesso que não sei como vai ser quando nos separarmos. Confesso que penso nisso constantemente, na esperança de poder encontrar uma solução. Confesso que mesmo me iludindo, nunca vou deixar de procurar um jeito e confesso que sempre que algo dá errado tenho medo de te decepcionar, pois conforme dizem, não adianta termos um jardim na própria casa, senão cuidarmos dele por todos os dias.
Não gosto de Dia das Mães, eles me fazem lembrar que mais um ano se passou. Eu gosto de você e falar amar se torna banal demais para algo imensurável. Eu não tenho mais nada a dizer a quem sempre aqui esteve, eu só tenho a pedir que seus abraços, voz, braços e beijos de ida à escola permaneçam sempre.
Porém, nessa semana, ao me desesperar diversas vezes, chegar em casa e não encontrá-la pra desabafar e pedir carinho, consegui compreender o sonho de anos atrás. Mesmo você não estando em casa, mais que depressa liguei para o seu celular e quando o atendeu, desabei como tava doida pra fazer. Eu sei que estavas a uma esquina de distância de mim, mas não sabes o quanto que queria que me abraçasses de apertar os pulmões.
Então, como toda necessidade faz despertar... eureka! Descobri que sinto sua falta, mesmo que distraída a cada instante, que não há amor e sinceridade maior que alguém possa me oferecer. Desvendei que você é tanta coisa, mas sempre a mesma pessoa. É tudo o que há de mim e que viraria o que fosse pra me ver bem.
Se eu pudesse fazer uma mágica, seria a de nunca te perder, de poder ter uma miniatura real sua para poder carregar sempre comigo enquanto cada uma vai para seu canto. Porém, isso não passa de um desejo egoísta meu, um desejo de extrema importância.
Confesso que não sei como vai ser quando nos separarmos. Confesso que penso nisso constantemente, na esperança de poder encontrar uma solução. Confesso que mesmo me iludindo, nunca vou deixar de procurar um jeito e confesso que sempre que algo dá errado tenho medo de te decepcionar, pois conforme dizem, não adianta termos um jardim na própria casa, senão cuidarmos dele por todos os dias.
Não gosto de Dia das Mães, eles me fazem lembrar que mais um ano se passou. Eu gosto de você e falar amar se torna banal demais para algo imensurável. Eu não tenho mais nada a dizer a quem sempre aqui esteve, eu só tenho a pedir que seus abraços, voz, braços e beijos de ida à escola permaneçam sempre.
É por choro e vela
Eu cheguei a pensar que tudo ia ser tão difícil, tão duradouro e febril. Pelo menos, quando não atingi o que tanto esperava e vi várias pessoas seguindo, cheias de dentes expostos aos raios de sol e molhados com a chuva. Mas expostos. Enquanto eu procurava me esconder em alguma sombra de um outro corpo que não fosse o meu mesmo, enquanto eu fingia já esperar e nem ligar para o que viria. Nem sombra eu possuia. Eu fingia tê-la.
Tive tanto medo que chegava a doer minha pele e meu coração se apertava tanto que parecia que ia sumir em meio a tantas lágrimas. Queria gastá-las em pernas, pés e ruas. Eu andei tanto, dei diversas voltas e só fui parar quando não tinha mais fôlego para ver tantas caras olhando pra mim, tantos carros passando e tanta sede. Almejava um outro corpo, queria uma outra alma, eu só queria.
Ah, se eu pudesse ser sonho. Se eu pudesse criar asas e voar conforme o vento quisesse, sem tempo, sem dúvida, sem direção. Ouvindo-o sussurar ao meu ouvido e sentir meu rosto arder de tanto o cabelo bater em minha face. Uma viagem com a esperança que ao meu retorno estivesse tudo em seu devido lugar. Porém, não deixei de me refugiar. Pousei sob os cuidados de quem sempre esteve comigo. Naquele exato momento, compreendi que guardamos pedaços de todas as fases de nossa vida, de cada instante. Eu tinha me tornando tão indefesa. Eu tinha me tornado uma criança, estava descabelada e me encontrava deitada ao colo de quem pedia proteção.
Uma lembrança tão presente que parece ter acontecido ontem. Mas como me disseram uma vez: " Você tem o mundo em suas mãos", eu desabafei o que pude, descarreguei meu espírito e o recarreguei. Se as pessoas exibem seus próprios dentes, hoje eu não sei. Eu sei que eu exibo cores, mas elas são tão fortes, que acredito que ninguém as vejam. São tão lindas e ninguém mais precisa notá-las. Cada um tem as suas e eu não tenho medo de usá-las, são tão armas, são tão pacíficas, são fontes de luz. E, caso as use de forma inadequada, saberei que foram na tentativa de consertar. Mas eu as usei.
Por hoje, eu agradeço o que eu senti. Eu me despeço de tantas coisas e me bem aventuro em tantas outras. Eu agradeço, por cada ponto iluminado que surgiu. Por cada espanto que teve e cada riso colocado. Eu agradeço pela chance de ter reiniciado, de poder errar, de cair e tentar. Agradeço por reexistir e não desistir. Vou acender uma vela pra comemorar e no alto do morro vou colocá-la para que todos possam ver o que é realmente iluminar, pois isso sim é viver.
Tive tanto medo que chegava a doer minha pele e meu coração se apertava tanto que parecia que ia sumir em meio a tantas lágrimas. Queria gastá-las em pernas, pés e ruas. Eu andei tanto, dei diversas voltas e só fui parar quando não tinha mais fôlego para ver tantas caras olhando pra mim, tantos carros passando e tanta sede. Almejava um outro corpo, queria uma outra alma, eu só queria.
Ah, se eu pudesse ser sonho. Se eu pudesse criar asas e voar conforme o vento quisesse, sem tempo, sem dúvida, sem direção. Ouvindo-o sussurar ao meu ouvido e sentir meu rosto arder de tanto o cabelo bater em minha face. Uma viagem com a esperança que ao meu retorno estivesse tudo em seu devido lugar. Porém, não deixei de me refugiar. Pousei sob os cuidados de quem sempre esteve comigo. Naquele exato momento, compreendi que guardamos pedaços de todas as fases de nossa vida, de cada instante. Eu tinha me tornando tão indefesa. Eu tinha me tornado uma criança, estava descabelada e me encontrava deitada ao colo de quem pedia proteção.
Uma lembrança tão presente que parece ter acontecido ontem. Mas como me disseram uma vez: " Você tem o mundo em suas mãos", eu desabafei o que pude, descarreguei meu espírito e o recarreguei. Se as pessoas exibem seus próprios dentes, hoje eu não sei. Eu sei que eu exibo cores, mas elas são tão fortes, que acredito que ninguém as vejam. São tão lindas e ninguém mais precisa notá-las. Cada um tem as suas e eu não tenho medo de usá-las, são tão armas, são tão pacíficas, são fontes de luz. E, caso as use de forma inadequada, saberei que foram na tentativa de consertar. Mas eu as usei.
Por hoje, eu agradeço o que eu senti. Eu me despeço de tantas coisas e me bem aventuro em tantas outras. Eu agradeço, por cada ponto iluminado que surgiu. Por cada espanto que teve e cada riso colocado. Eu agradeço pela chance de ter reiniciado, de poder errar, de cair e tentar. Agradeço por reexistir e não desistir. Vou acender uma vela pra comemorar e no alto do morro vou colocá-la para que todos possam ver o que é realmente iluminar, pois isso sim é viver.
domingo, 1 de maio de 2011
Eu protesto
Por dias, pensei que tudo tivesse sido ilusão transformada em algo inexplicável, ruim e interminável. Chegava a ser como uma doença contraida, que estava impregnada em minha alma e pele. Uma doença sem volta.
Não era um pesadelo ou próximo a um. Nos pesadelos, a gente corre, grita, tenta encontrar uma saída. Nele, você inventa e brinca de sofrer e correr perigo. Na vida, você brinca de lazer e corre contra o tempo.
Na última semana ou no decorrer dela, decidi me vacinar. Notei que o "inexplicável", a "busca de uma resposta" - não sei a denominação correta - se foi aos poucos. Eu não preciso tê-la.
As coisas se iniciam e terminam no momento mais adequado que se pode ter. Pode ser que a princípio todos discordem, mas depois de um determinado tempo - longo ou curto - as peças se acabam e o quebra-cabeça se encaixa, finalmente.
Muitos dizem que várias coisas não deveriam ter começado. Eu protesto! Muitos dizem que várias coisas não deveriam ter fim. Eu protesto! A ideia de início e fim me encanta tanto. Principalmente quando tenho a certeza de que possuo o recomeço na palma de minhas mãos.
Não era um pesadelo ou próximo a um. Nos pesadelos, a gente corre, grita, tenta encontrar uma saída. Nele, você inventa e brinca de sofrer e correr perigo. Na vida, você brinca de lazer e corre contra o tempo.
Na última semana ou no decorrer dela, decidi me vacinar. Notei que o "inexplicável", a "busca de uma resposta" - não sei a denominação correta - se foi aos poucos. Eu não preciso tê-la.
As coisas se iniciam e terminam no momento mais adequado que se pode ter. Pode ser que a princípio todos discordem, mas depois de um determinado tempo - longo ou curto - as peças se acabam e o quebra-cabeça se encaixa, finalmente.
Muitos dizem que várias coisas não deveriam ter começado. Eu protesto! Muitos dizem que várias coisas não deveriam ter fim. Eu protesto! A ideia de início e fim me encanta tanto. Principalmente quando tenho a certeza de que possuo o recomeço na palma de minhas mãos.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Passa
Às vezes eu tenho vontade de gritar,
mas gritar em linhas, páginas,
gritar em diversas folhas.
EM LETRAS MAIÚSCULAS.
Às vezes não,
por um longo tempo, desde um certo tempo.
Mas me falta letra o suficiente,
falta coragem e crença.
Falta-me uma voz decente!
Então, vencem-me pelo cansaço.
Pode ser que no fundo,
bem no fundo,
haja uma esperança.
Pode ser que eu disfarce.
Na verdade,
não sei o que faço,
não sei o que pensar,
muito menos concluir.
Mas um dia passa,
o dia passa,
passa...
mas gritar em linhas, páginas,
gritar em diversas folhas.
EM LETRAS MAIÚSCULAS.
Às vezes não,
por um longo tempo, desde um certo tempo.
Mas me falta letra o suficiente,
falta coragem e crença.
Falta-me uma voz decente!
Então, vencem-me pelo cansaço.
Pode ser que no fundo,
bem no fundo,
haja uma esperança.
Pode ser que eu disfarce.
Na verdade,
não sei o que faço,
não sei o que pensar,
muito menos concluir.
Mas um dia passa,
o dia passa,
passa...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Calcificando
E, tantas coisas acontecem
que você passa a ter medo.
Não das coisas que acontecem,
mas sim, de você se tornar imune a elas
e ao que ainda virá.
que você passa a ter medo.
Não das coisas que acontecem,
mas sim, de você se tornar imune a elas
e ao que ainda virá.
domingo, 13 de março de 2011
Entenda, por favor
Uma vez me disseram que Deus está em todos os lugares, planos e partes.
Pois bem, onde estou, Ele está e vice-versa.
Estive com Ele em confetes e serpentinas,
estive com Ele em samba e roda,
estive com Ele em sorriso e canto e,
principalmente, na marca na pata que o cachorro deixara em mim
ao me seguir até a casa na noite que passou por lá.
Eu O vi na chuva que lavou minh'alma
e O senti nos abraços.
Eu O vi em minha frente na alegria estampada em vários rostos pintados, limpos e molhados.
Eu matei saudades,
construi saudades.
Matei a rotina,
construi um novo horário.
Eu me reconstrui e foi bom.
Foi tão bom quanto comer algodão doce, chocolate e matar a sede com guaraná.
Que sede?!
Foi tão bom quanto passar uma borracha no que te incomoda.
E, em nenhum momento não tive dúvida que Deus estava comigo.
Entenda, o MEU Deus é ilimitado e,
isto me basta!
Pois bem, onde estou, Ele está e vice-versa.
Estive com Ele em confetes e serpentinas,
estive com Ele em samba e roda,
estive com Ele em sorriso e canto e,
principalmente, na marca na pata que o cachorro deixara em mim
ao me seguir até a casa na noite que passou por lá.
Eu O vi na chuva que lavou minh'alma
e O senti nos abraços.
Eu O vi em minha frente na alegria estampada em vários rostos pintados, limpos e molhados.
Eu matei saudades,
construi saudades.
Matei a rotina,
construi um novo horário.
Eu me reconstrui e foi bom.
Foi tão bom quanto comer algodão doce, chocolate e matar a sede com guaraná.
Que sede?!
Foi tão bom quanto passar uma borracha no que te incomoda.
E, em nenhum momento não tive dúvida que Deus estava comigo.
Entenda, o MEU Deus é ilimitado e,
isto me basta!
terça-feira, 1 de março de 2011
Saudosismo de Fundamental
E hoje, vivendo de passado, encontrei um poema que fizeram pra mim há muito tempo. 2007, ano bom, bom ano para se recordar. E, se saudade pudesse falar por si só...
A morena nem piscou
passou de nariz empinado
caminhar esnobe
sorriso amargo
nem notou
nem quis olhar
passou
A morena é cruel
sádica
maldita
chata
A morena vai
mas é linda
linda demais para descrever
Que continue assim,
olhar metido
nariz nobre
andar preconceituoso
A morena nem piscou
passou de nariz empinado
caminhar esnobe
sorriso amargo
nem notou
nem quis olhar
passou
A morena é cruel
sádica
maldita
chata
A morena vai
mas é linda
linda demais para descrever
Que continue assim,
olhar metido
nariz nobre
andar preconceituoso
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Mãezinha, quero ser mágica
Eu quero ter a força da magia em minhas mãos
Quero poder olhar a dor de cada um e,
despedaçá-la em mínimas partes,
transformá-la em cores,
distribuí-las como confetes.
E, quanto às lágrimas,
ao caminho do mar vou encaminhá-las.
Que se misturem por lá.
Mãezinha, quero ser mágica!
Quero poder olhar a dor de cada um e,
despedaçá-la em mínimas partes,
transformá-la em cores,
distribuí-las como confetes.
E, quanto às lágrimas,
ao caminho do mar vou encaminhá-las.
Que se misturem por lá.
Mãezinha, quero ser mágica!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Genética verbalizada
Pelo olhar escuro, pele mais negra, sorriso mais límpido e refletido de tão claro, eu me apaixonei. Mas quem disse que paixão é algo carnal, entre sexos opostos ou algo similar? Paixão é encantamento, feitiço pronto, sem fórmula e não importa por quem ou a quem. "Apenaxonite", nada mais.
Na volta pra casa, eu percebi. Do atraso do ônibus, sob um calor torrencial de metade do dia, são meio-dia. Percebi que o abraço mais nobre e a conversa mais singela, mesma que por cinco minutos, não tem cor, despreza a quantidade de cromossomos, idade e sexo. Dispensa qualquer repugnância ou ato pré conceitual. É mágica, sinta-a.
Enfim, apaixone-se diariamente de várias formas, contatos, cores e graus. A cada dia, a cada novo dia, um dia novo. Inove-se! Pessoas passam e ficam em você, pode ser que não as conheça, mas permanecem no ar. O tempo se esvai e o demarca. Remarca-se! Verbalize-se da sua maneira. Faça do simples verbo, o verdadeiro verbo.
Na volta pra casa, eu percebi. Do atraso do ônibus, sob um calor torrencial de metade do dia, são meio-dia. Percebi que o abraço mais nobre e a conversa mais singela, mesma que por cinco minutos, não tem cor, despreza a quantidade de cromossomos, idade e sexo. Dispensa qualquer repugnância ou ato pré conceitual. É mágica, sinta-a.
Enfim, apaixone-se diariamente de várias formas, contatos, cores e graus. A cada dia, a cada novo dia, um dia novo. Inove-se! Pessoas passam e ficam em você, pode ser que não as conheça, mas permanecem no ar. O tempo se esvai e o demarca. Remarca-se! Verbalize-se da sua maneira. Faça do simples verbo, o verdadeiro verbo.
sábado, 22 de janeiro de 2011
A única febre que não passa
Sempre estou doente, todo dia estou. É só sentir o aperto, é só sentir a dorzinha pertinente. Meu coração constantemente adoentado está. E não há remédio, receita, muito menos dieta. Isso só aumenta o tédio por não tê-los em peso, presença e cor.
É dor de saudade, dor de amor. É sede de pele, sede de colo. Vontade de carinho e perfume. Por isso, hoje eu quis abraçar o mundo com Cartola ao fundo. Eu quis ver a tristeza transformar-se em alegria com a cara ao Sol da felicidade, quis ter certeza da esperança da manhã. Dei fim à Briga de Benedito com Benedita. Vou Te Contar Tintim por Tintim...
Hoje me deu uma vontade de beijos e abraços, hoje me deu uma vontade, quase que ensurdercedora no peito, de consertar a vida, então, por que não acabar com a briga no Distrito, Dona Benedita?
Acordei com Pranto de Poeta, mas Pouco me Importa se alguém desacredita. Na minha fantasia, eu salvei o mundo. Enfrentei delegado, papa e até soldado. Escalei montanhas e encontrei a Cidade Morena, onde Eu e a Lua, No Tom da Mangueira, fizemos de "O Mundo é um Moinho", O Samba do Operário.
É dor de saudade, dor de amor. É sede de pele, sede de colo. Vontade de carinho e perfume. Por isso, hoje eu quis abraçar o mundo com Cartola ao fundo. Eu quis ver a tristeza transformar-se em alegria com a cara ao Sol da felicidade, quis ter certeza da esperança da manhã. Dei fim à Briga de Benedito com Benedita. Vou Te Contar Tintim por Tintim...
Hoje me deu uma vontade de beijos e abraços, hoje me deu uma vontade, quase que ensurdercedora no peito, de consertar a vida, então, por que não acabar com a briga no Distrito, Dona Benedita?
Acordei com Pranto de Poeta, mas Pouco me Importa se alguém desacredita. Na minha fantasia, eu salvei o mundo. Enfrentei delegado, papa e até soldado. Escalei montanhas e encontrei a Cidade Morena, onde Eu e a Lua, No Tom da Mangueira, fizemos de "O Mundo é um Moinho", O Samba do Operário.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O importante é se descabelar
E, quando você acredita que é alguém, surgem inúmeras incertezas e, mesmo que tardias, brotam com suas raizes, forças e aparece a primeira ponta de vida, a primeira esperança. Nasce um outro alguém. Chega ser avassalador, quase que destruidor se não fosse puro e construtivo. Chega a te remoer e quando estais por esmurecer, surge um novo ar.
Então respire homem! Aquiete essa inquietude e sossegue esse coração, que por essa hora se aperta para um recomeço, que por agora se acelera pra continuar. Então sobreviva mulher! Segure esse choro e seque essa agonia. O que tens é só espera e não adianta espernear.
Foi quando a chuva chegou que a menina desabou, de vários anos ela apenas representava uma criança frágil e incontida. O cheiro da terra molhada lhe penetrava os poros e nada mais sugestivo que nela surtisse o mundo por dentro . Ela não cabe em si, no mundo ela não cabe mais. E é tão mágico, tentador e perigoso.
E de alma lavada, cabeça erguida, a meninice retorna, num colo aclamado se desmancha em sonhos. Depois de tanto tempo pertinaz, tonteando-se e da chuva passar, finalmente, decidiu aguardar.
Então respire homem! Aquiete essa inquietude e sossegue esse coração, que por essa hora se aperta para um recomeço, que por agora se acelera pra continuar. Então sobreviva mulher! Segure esse choro e seque essa agonia. O que tens é só espera e não adianta espernear.
Foi quando a chuva chegou que a menina desabou, de vários anos ela apenas representava uma criança frágil e incontida. O cheiro da terra molhada lhe penetrava os poros e nada mais sugestivo que nela surtisse o mundo por dentro . Ela não cabe em si, no mundo ela não cabe mais. E é tão mágico, tentador e perigoso.
E de alma lavada, cabeça erguida, a meninice retorna, num colo aclamado se desmancha em sonhos. Depois de tanto tempo pertinaz, tonteando-se e da chuva passar, finalmente, decidiu aguardar.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Quando se gosta, aportuguesa-se pra abafar
Quando se AMA (com letras maiúsculas mesmo), não há palavras e até mesmo as mesmas são insuficientes para descrever o mínimo a essas pessoas. Foi essa a conclusão dada ao se fechar o caderno de rascunho e guardar a caneta dentro dele logo pela manhã de ontem.
O início nada agradável de quatro linhas na folha. Início e único, nada mais fora escrito... " Neste mundo de correria, apêlos, ganância e poder, eis que Deus deixa em minhas mãos o mais necessário e belo de todos os presentes. Não sou tão digna de cuidá-lo e mesmo com um amor indescritível, às vezes pouco para tanta grandiosidade." E, ponto. Acabam-se as letras, não se formam palavras, muito menos orações com seus sujeitos e predicados.
Pormenoriza-se então, a Língua Portuguesa. Que dicionário curto! Cadê os exatos morfemas? Morfemas exatos não existem, sendo assim, seriam quase que matemáticos. Mas um "eu te amo" é tão banal para o hoje em dia, esdrúxulo e padronizado ao modelo televisionado.
Sinceramente, os significados perdem sua força quando alguém o vulgariza, mas eles perdem, sobretudo, sua essência quando não servem para designar o que é puro e sincero. E, é aí que eu digo, que mesmo sendo um idioma lindo, difícil, dá-se a ele um capilé e à todos os outros, a fim de, curar essa ausência aos que querem se expor na escrita.
Contudo,não há verso que discorra os gestos feitos de vocês para mim, não há estrofe que conte um momento se quer da maneira correta e não há samba nem choro, muito menos vela, que exponha o que é isso, nem mesmo em oração. Eu não me contento com "te amo", não me agrado com "te adoro", eu me contento com um "pra sempre" e um abraço apertado e chega, português incrédulo!
O início nada agradável de quatro linhas na folha. Início e único, nada mais fora escrito... " Neste mundo de correria, apêlos, ganância e poder, eis que Deus deixa em minhas mãos o mais necessário e belo de todos os presentes. Não sou tão digna de cuidá-lo e mesmo com um amor indescritível, às vezes pouco para tanta grandiosidade." E, ponto. Acabam-se as letras, não se formam palavras, muito menos orações com seus sujeitos e predicados.
Pormenoriza-se então, a Língua Portuguesa. Que dicionário curto! Cadê os exatos morfemas? Morfemas exatos não existem, sendo assim, seriam quase que matemáticos. Mas um "eu te amo" é tão banal para o hoje em dia, esdrúxulo e padronizado ao modelo televisionado.
Sinceramente, os significados perdem sua força quando alguém o vulgariza, mas eles perdem, sobretudo, sua essência quando não servem para designar o que é puro e sincero. E, é aí que eu digo, que mesmo sendo um idioma lindo, difícil, dá-se a ele um capilé e à todos os outros, a fim de, curar essa ausência aos que querem se expor na escrita.
Contudo,não há verso que discorra os gestos feitos de vocês para mim, não há estrofe que conte um momento se quer da maneira correta e não há samba nem choro, muito menos vela, que exponha o que é isso, nem mesmo em oração. Eu não me contento com "te amo", não me agrado com "te adoro", eu me contento com um "pra sempre" e um abraço apertado e chega, português incrédulo!
E, nada mais
E, quando "AS" pessoas me pediram calma e me disseram que tudo se encaixa em seu devido tempo, desacreditei. Mesmo assim, guardei comigo e, hoje, analisando peça por peça, percebo o quanto elas tem razão do que nos falam e, por mera tolice, acabei achando que eu é quem era a dona de todas as verdades e desejos.
E, quando li por tantas vezes que "nada é por acaso" e, por tantas vezes, achei clichê esse pensamento, cai hoje em mim o quanto ele é válido. Até por que, nada define o nada, apesar de se usá-lo por diversas vezes.
E, quando comparo o que eu almejei do que almejo atualmente, encontro-me em uma única resposta: o tempo te muda e você muda seu tempo. É simples, sensato, rápido e puro. O que houve? Na verdade, o que não houve?
E, e... e eu não sei. Apenas tenho a certeza de que as perspectivas não são as mesmas, são parecidas e desviadas. Nada mais justo, afinal, há em cada mente, cada coração e sonho, antes de mais nada, uma balança. Pesa-se, calcula-se e se obtém o que se acredita ser o mais correto e é, pelo menos no momento.
E, dá tempo de olhar pra trás? Antes não, por hora sim! Que bom, o tempo existe. Que bom, o tempo pode resgatar quem você ama e deixou no seu canto pela falta do próprio tempo. Sim, ele mesmo se conserta e você disserta cada ponto como uma agulha fechando o que deixou entreaberto com sua costura. Descostura mês, semana, dia. Costura minuto, ano e hora.
E, é madrugada... deixe a agulha aí, esconda-a! Quando precisar a mesma estará ali. Por enquanto, terminou-se uma carreira, iniciou-se outra, mas esta está tão calma, tão certa de si, que é a agulha quem espera seu sinal.
E, quando li por tantas vezes que "nada é por acaso" e, por tantas vezes, achei clichê esse pensamento, cai hoje em mim o quanto ele é válido. Até por que, nada define o nada, apesar de se usá-lo por diversas vezes.
E, quando comparo o que eu almejei do que almejo atualmente, encontro-me em uma única resposta: o tempo te muda e você muda seu tempo. É simples, sensato, rápido e puro. O que houve? Na verdade, o que não houve?
E, e... e eu não sei. Apenas tenho a certeza de que as perspectivas não são as mesmas, são parecidas e desviadas. Nada mais justo, afinal, há em cada mente, cada coração e sonho, antes de mais nada, uma balança. Pesa-se, calcula-se e se obtém o que se acredita ser o mais correto e é, pelo menos no momento.
E, dá tempo de olhar pra trás? Antes não, por hora sim! Que bom, o tempo existe. Que bom, o tempo pode resgatar quem você ama e deixou no seu canto pela falta do próprio tempo. Sim, ele mesmo se conserta e você disserta cada ponto como uma agulha fechando o que deixou entreaberto com sua costura. Descostura mês, semana, dia. Costura minuto, ano e hora.
E, é madrugada... deixe a agulha aí, esconda-a! Quando precisar a mesma estará ali. Por enquanto, terminou-se uma carreira, iniciou-se outra, mas esta está tão calma, tão certa de si, que é a agulha quem espera seu sinal.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Assim "dei(A)xado"
No início frágeis, desconhecidos, medrosos e desentendidos. Mas passou. O tempo correu e tudo que estava demorando criou asas e como uma mágica, chegou. Uma pessoa passou, duas, três... passaram! Um minuto se foi, horas, dias, semanas, meses e anos, três, dois, um!
São datas, momentos, sorrisos. São provas, desesperos e alívios. São abraços, histórias e vidas. Festas, bebidas e pão de queijo. É a vida, da vida é. Notas trimestrais, musicais notas, sinfonia trivial. Hambúguer, filme e viagem.
O futuro nos espera e a gente se espera. Somos feitos de sonhos, de cores, conquistas. Eu quero é folia, medo e raça. Eu quero é folia, superação e sabedoria. Eu só quero alegria, amizade e 2010 moldando o que nos aguarda. E, no final, nossa estrofe.
São datas, momentos, sorrisos. São provas, desesperos e alívios. São abraços, histórias e vidas. Festas, bebidas e pão de queijo. É a vida, da vida é. Notas trimestrais, musicais notas, sinfonia trivial. Hambúguer, filme e viagem.
O futuro nos espera e a gente se espera. Somos feitos de sonhos, de cores, conquistas. Eu quero é folia, medo e raça. Eu quero é folia, superação e sabedoria. Eu só quero alegria, amizade e 2010 moldando o que nos aguarda. E, no final, nossa estrofe.
sábado, 6 de novembro de 2010
Não saber é saber
Duvidoso, inexplicável, bom e ruim. É como se, por uma hora, tudo estivesse tão claro, tão explicado e óbvio. Por outra hora, nada se compreende, perde-se e parece escorrer por entre os vãos de meus dedos. Então, é aí que eu vejo que há vida nas coisas, elas sempre mudam, movimentam-se e seguem seu rumo. Certas coisas não dependem só de você, mas sim de todo um conjunto que lhe favoreça e você deixa acontecer, é como a vida quer. Será que ela quer?
Para completar o dia você tenta mudar a situação. Você sai da inércia, é melhor agir.Então você sente uma vontade súbita de gritar, é como se não fosse mais suportar, você só quer entender o sentido das coisas. Você recua, ser tranquilo é melhor, ter calma é necessário. Então guarde pra você, pare e guarde mais uma vez.
Eu queria ter o controle de tudo, eu queria poder dar todos os significados e todas as resoluções, todas as formas e fórmulas, mas a mim bastou apenas não saber o que é, o que será e como será. E é? Finalmente, eu não sei.
Para completar o dia você tenta mudar a situação. Você sai da inércia, é melhor agir.Então você sente uma vontade súbita de gritar, é como se não fosse mais suportar, você só quer entender o sentido das coisas. Você recua, ser tranquilo é melhor, ter calma é necessário. Então guarde pra você, pare e guarde mais uma vez.
Eu queria ter o controle de tudo, eu queria poder dar todos os significados e todas as resoluções, todas as formas e fórmulas, mas a mim bastou apenas não saber o que é, o que será e como será. E é? Finalmente, eu não sei.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Aprendizado
Se me disserem que a vida é engraçada, eu retrucarei e direi que ela é repleta de surpresas. Nunca se sabe o que é proporcionado a você, apenas se sabe que algo você tem a proporcionar. Segue-se então, encaixes a cada momento e segundo de cada vida que se tem por todo o universo.
São colocados em você, como em uma espécie de tabuleiro, peças que acrescentarão o inesperado, o incerto, mas sempre o bom e belo, pois nada é em vão. Aparecem luzes e alegrias, talvez até no período que você mais precisa tê-las, no exato tempo. Tempo exato. E você não tem explicações para as mesmas, apenas almeja que permaneçam. Se não há explicações, pra que tê-las? Desnecessário saber o necessário. Imprevisível e desconhecido.
Segue-se então, siga. Prossiga. Mas nada é em vão. Por hoje eu quero continuar, deixa estar. Amanhã também, deixa assim. Bom está. É aprendizado, aprendiz eu sou. É momentâneo, pare o tempo. Só não deixe que o que passou passe.Então, permita-me com isso crescer. Permita-me andar, enumerar cada estrela de todo esse céu e para cada uma ter o que contar. Por tudo, eu só quero aprender.
São colocados em você, como em uma espécie de tabuleiro, peças que acrescentarão o inesperado, o incerto, mas sempre o bom e belo, pois nada é em vão. Aparecem luzes e alegrias, talvez até no período que você mais precisa tê-las, no exato tempo. Tempo exato. E você não tem explicações para as mesmas, apenas almeja que permaneçam. Se não há explicações, pra que tê-las? Desnecessário saber o necessário. Imprevisível e desconhecido.
Segue-se então, siga. Prossiga. Mas nada é em vão. Por hoje eu quero continuar, deixa estar. Amanhã também, deixa assim. Bom está. É aprendizado, aprendiz eu sou. É momentâneo, pare o tempo. Só não deixe que o que passou passe.Então, permita-me com isso crescer. Permita-me andar, enumerar cada estrela de todo esse céu e para cada uma ter o que contar. Por tudo, eu só quero aprender.
sábado, 14 de agosto de 2010
Permita-me
Chega uma certa hora, hora certa. Hora de pensar, medir e pesar. Será válido seguir assim? É realmente importante ou então, relevante? E nada se conclui. Não há respostas, não há alguém para dá-las, muito menos para achá-las, a não ser eu mesma.
Eu queria voltar, tornar e retornar. Tempo. Eu não queria. Eu era uma criança e você não. Mas quem não é criança? Queria dizer que eu entendo e que foi tudo uma mera confusão, mas que passou. E ao mesmo tempo não passou. Por mais que eu queira, que eu tente e que algo me incomode e me aperte, não há mais tempo.
Creio que por hoje assim será. Tempo. Não sei amanhã ou daqui a algumas horas. É noite, o sono não vem, não há por que vir. Mas eu espero. Sinto-me pesada e inocente, leve e culpada. Olhos vendados, mãos cruzadas, pés congelados. Tempo.
Então por fim, um caps lock no delete. Um delete na ideia. Caps lock no superado. Mas por hoje passou, silêncio. Espero em meu canto a resposta. Ó, meu recanto, permita que eu durma já. Permita que ainda saiba sonhar.
Eu queria voltar, tornar e retornar. Tempo. Eu não queria. Eu era uma criança e você não. Mas quem não é criança? Queria dizer que eu entendo e que foi tudo uma mera confusão, mas que passou. E ao mesmo tempo não passou. Por mais que eu queira, que eu tente e que algo me incomode e me aperte, não há mais tempo.
Creio que por hoje assim será. Tempo. Não sei amanhã ou daqui a algumas horas. É noite, o sono não vem, não há por que vir. Mas eu espero. Sinto-me pesada e inocente, leve e culpada. Olhos vendados, mãos cruzadas, pés congelados. Tempo.
Então por fim, um caps lock no delete. Um delete na ideia. Caps lock no superado. Mas por hoje passou, silêncio. Espero em meu canto a resposta. Ó, meu recanto, permita que eu durma já. Permita que ainda saiba sonhar.
domingo, 27 de junho de 2010
A Deus dará
Sábado. Fim de manhã. A rua se movimenta na sua pressa, escrava de seu precioso tempo. As pernas passam, são tantas, passam. Tantas pernas passam. Deixei minha sorte no varal, faça companhia ao tempo, por favor. Expus meus anseios na varanda de casa, deixei meu tempo pendurado.
Livros em mão, passos lentos, olhos ao alto, século XIX. O pé de um homem, desculpe-me. Olhava ao alto, séculos passados. Livros em mão, olhos ao baixo, atualidade. Um olá. Subo a rua, carros não passam, apenas gente, muita gente. Curta rua curta, que em seu final, alguém ganha seu dia, ganha seu pão. Perceptível estátua branca humana invisível. Notável, apenas aos que zombam e a mim. Imperceptível estátua branca ao sol, sua maquiagem não a sustenta mais, imóvel. Caixa de madeira ao chão, uma moeda. Analiso, um passo, medindo espaço.. "cesta!" A estátua grita. Susto breve.
Na banca não há nada de relevante interesse. Tempo gasto. Oh não, ele está em casa, no varal. Descendo a ruela, a estátua me avista, ela fala novamente, pergunta-me o por quê da pressa. Nem eu sei. Respondo-a. Ela está no varal, penso. Sorrio e tchau.
Faixa de pedreste, maçã do amor rejeitada, poesia de rua cantada, campanha na praça. O ônibus, acelere o passo. Não o acelere. Sinal fechado, ao alcance do ônibus. Lado da janela, lado da janela, lado da janela... não há lado da janela. Ao lado de um senhor, descanso meus joelhos. Olho disfarçadamente, em suas mãos calejadas "A águia e a galinha". "Gosta de ler?" Ele me pergunta. Olhada nada disfarçada, droga! "Uhum", respondo. Ele apenas ri, ufa. Passa-se dois pontos, ele se levanta, acena e se vai.
Lado da janela! o lado da discussão de um casal de namorados no ponto, de um senhor se deliciando com sua paçoca e a criança a olhar, o cachorro late, não se assuste senhora, é só um cachorro. Eu ri. 10 minutos, trem, 128 vagões, mania imbecil. Sinal. Desço.
Faixa de pedreste. 1, 2, 3, 4... 12 carros. E desde quando o 13 é o número da sorte? Mesmo assim não aposto. Atravesso. Minha rua. Minha casa. Gritam-me de maneira enrolada. É o bebê da vizinha. Meu Deus, mais um viciado em baton, isso passa? Fiel comprador diário como eu. Vício de 15 anos não de 1 ano e 9 meses. Um beijo, um abraço, cócegas, tchau. "Olha, aí está você sorte! Como foi a manhã tempo?"
Pendurei o que é de mais sedutor. Sinta o vento, olhe o sol, merecem ficar mais um tempo aí. Deixei minha sorte no varal, faça companhia ao tempo, por favor. Observem a luz, o pôr-do-sol, olhem a noite, por favor. Não há aval. Deixe-me a Deus dará e por hoje a sorte não virá, nem o tempo. Deixei-me a Deus dará.
Livros em mão, passos lentos, olhos ao alto, século XIX. O pé de um homem, desculpe-me. Olhava ao alto, séculos passados. Livros em mão, olhos ao baixo, atualidade. Um olá. Subo a rua, carros não passam, apenas gente, muita gente. Curta rua curta, que em seu final, alguém ganha seu dia, ganha seu pão. Perceptível estátua branca humana invisível. Notável, apenas aos que zombam e a mim. Imperceptível estátua branca ao sol, sua maquiagem não a sustenta mais, imóvel. Caixa de madeira ao chão, uma moeda. Analiso, um passo, medindo espaço.. "cesta!" A estátua grita. Susto breve.
Na banca não há nada de relevante interesse. Tempo gasto. Oh não, ele está em casa, no varal. Descendo a ruela, a estátua me avista, ela fala novamente, pergunta-me o por quê da pressa. Nem eu sei. Respondo-a. Ela está no varal, penso. Sorrio e tchau.
Faixa de pedreste, maçã do amor rejeitada, poesia de rua cantada, campanha na praça. O ônibus, acelere o passo. Não o acelere. Sinal fechado, ao alcance do ônibus. Lado da janela, lado da janela, lado da janela... não há lado da janela. Ao lado de um senhor, descanso meus joelhos. Olho disfarçadamente, em suas mãos calejadas "A águia e a galinha". "Gosta de ler?" Ele me pergunta. Olhada nada disfarçada, droga! "Uhum", respondo. Ele apenas ri, ufa. Passa-se dois pontos, ele se levanta, acena e se vai.
Lado da janela! o lado da discussão de um casal de namorados no ponto, de um senhor se deliciando com sua paçoca e a criança a olhar, o cachorro late, não se assuste senhora, é só um cachorro. Eu ri. 10 minutos, trem, 128 vagões, mania imbecil. Sinal. Desço.
Faixa de pedreste. 1, 2, 3, 4... 12 carros. E desde quando o 13 é o número da sorte? Mesmo assim não aposto. Atravesso. Minha rua. Minha casa. Gritam-me de maneira enrolada. É o bebê da vizinha. Meu Deus, mais um viciado em baton, isso passa? Fiel comprador diário como eu. Vício de 15 anos não de 1 ano e 9 meses. Um beijo, um abraço, cócegas, tchau. "Olha, aí está você sorte! Como foi a manhã tempo?"
Pendurei o que é de mais sedutor. Sinta o vento, olhe o sol, merecem ficar mais um tempo aí. Deixei minha sorte no varal, faça companhia ao tempo, por favor. Observem a luz, o pôr-do-sol, olhem a noite, por favor. Não há aval. Deixe-me a Deus dará e por hoje a sorte não virá, nem o tempo. Deixei-me a Deus dará.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Mundo fechado
Por enquanto o mundo se fechou. Subindo a rua alta, fôlego esbaldado, mãos frias, mente soberba. Por enquanto os olhos se fecham, calam-se e o coração aperta, os sorrisos se fecham. A rua se acaba. Por enquanto o mundo se fechou. O céu rosa anuncia fim de tarde, parece serenata inconveniente que em mim fez moradia. A noite é fria, ela não brilha mais, não por hoje, amanhã quem sabe.
Gente humilde. Breve consolação, pronto desespero em pranto. Poste, esquina, meio-fio. Carros, pessoas e cachorros. Pressa, relógio, casa.Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Água mineral, bamba a la bamba. Evoque-se. Não perca tempo, perca tempo. Hoje o mundo parou. Stop! Hoje o mundo parou.
Desliga-se o som, deixe sua mente. Enalteça-se, cresça. Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Suco. Liga-se o som, não deixe sua mente.Por enquanto o mundo se fechou. Acaba-se o som, acaba-se a noite. Atire-se a brisa, toque o vento. Acaba-se a noite. Entorpeça-se. A noite veio, me deu um beijo e se foi. O sonho veio, amedrontou-me e se foi. Por fim, o sol veio, deu bom-dia e eu me calei. Aqueceu-me e eu me calei.
Ensaia-se uma cena, uma dança, caia na valsa, entre no tango. Ensaia-se um novo mundo, uma nova dança, uma nova vida. Caduca-se, faça-se, saia-se ao si.
Gente humilde. Breve consolação, pronto desespero em pranto. Poste, esquina, meio-fio. Carros, pessoas e cachorros. Pressa, relógio, casa.Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Água mineral, bamba a la bamba. Evoque-se. Não perca tempo, perca tempo. Hoje o mundo parou. Stop! Hoje o mundo parou.
Desliga-se o som, deixe sua mente. Enalteça-se, cresça. Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Suco. Liga-se o som, não deixe sua mente.Por enquanto o mundo se fechou. Acaba-se o som, acaba-se a noite. Atire-se a brisa, toque o vento. Acaba-se a noite. Entorpeça-se. A noite veio, me deu um beijo e se foi. O sonho veio, amedrontou-me e se foi. Por fim, o sol veio, deu bom-dia e eu me calei. Aqueceu-me e eu me calei.
Ensaia-se uma cena, uma dança, caia na valsa, entre no tango. Ensaia-se um novo mundo, uma nova dança, uma nova vida. Caduca-se, faça-se, saia-se ao si.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Além do que se vê
E foi tocar suas mãos, apertá-las e olhar em seus olhos, os olhos mais lindos que já pude ver, que eu percebi o frio subir pelos meus pés e passar pelos seus dedos até você sentir o mesmo e comentar.Desconversei. Era desesperadora a idéia de te perder, de não poder mais te tocar e te ouvir. Era inimáginável eu me deparar com sua perda, esvaindo de minha vida sem ao menos eu fazer algo, eu, ser inútil. Sem sua voz, sem seu olhar, seu sorriso e sua sabedoria. Era totalmente insano eu não ter mais comigo o meu maior presente oferecido pelos meus pais, era insano eu não te ter. Única feita de imenso respeito e pureza, coração belo refletido em tua majestosa beleza. Nossas mãos se soltaram. O carro seguiu, o meu medo aumentou.
Sozinha, o rádio ligado, internet inútil. O telefone era ensudercedor, ele tocava, esquecido, nenhum número interessante, não para aquele momento. Duas horas se passaram, não havia fuga, não havia edredom, muito menos alguém que fizesse me esconder do mundo e nele me perder. Os pensamentos são os mesmos, o filme também, momentos desde minha mais velha infância até agora, em todos os flashes você. Em todos os telefonemas diários você, até os que apenas diziam que eram para ouvir minha voz e me mandar ficar com Deus. É, Deus! Cadê Ele? À Ele eu disse tantas coisas, à Ele eu pedi pelo amor mais sincero e necessário para que eu me mantivesse em pé.
Peguei o telefone, eu queria ouvir tudo, eu não queria ouvir tudo. Mas ele somente tocou. E como resposta, um grito no portão, o carro parara em minha porta novamente. Era você escoltada, era você linda, exuberante novamente, novamente pra mim, para as minhas mãos, para a minha vida. Um abraço. O mais forte, o maior alívio de todos, eu quis chorar, eu quis rir, sinceramente, eu quis gritar para o mundo todo me ouvir. Mas nada saiu de minha boca, de meus olhos, foi estranho, foi perfeito. Eu te amo desde o meu primeiro momento, eu te amo desde os meus piores momentos, desde o meu refúgio em sua casa, das horas que abandonei as fases ruins e me escondi de tudo e de todos com você, eu te amo porque você é o meu anjo maior, Deus me mandou você, eu sei. Eu te amo porque não existe nenhuma outra palavra ou forma que demonstre o que eu realmente eu sinto por você. Eu te amo e por esse minuto isso me basta.
Sozinha, o rádio ligado, internet inútil. O telefone era ensudercedor, ele tocava, esquecido, nenhum número interessante, não para aquele momento. Duas horas se passaram, não havia fuga, não havia edredom, muito menos alguém que fizesse me esconder do mundo e nele me perder. Os pensamentos são os mesmos, o filme também, momentos desde minha mais velha infância até agora, em todos os flashes você. Em todos os telefonemas diários você, até os que apenas diziam que eram para ouvir minha voz e me mandar ficar com Deus. É, Deus! Cadê Ele? À Ele eu disse tantas coisas, à Ele eu pedi pelo amor mais sincero e necessário para que eu me mantivesse em pé.
Peguei o telefone, eu queria ouvir tudo, eu não queria ouvir tudo. Mas ele somente tocou. E como resposta, um grito no portão, o carro parara em minha porta novamente. Era você escoltada, era você linda, exuberante novamente, novamente pra mim, para as minhas mãos, para a minha vida. Um abraço. O mais forte, o maior alívio de todos, eu quis chorar, eu quis rir, sinceramente, eu quis gritar para o mundo todo me ouvir. Mas nada saiu de minha boca, de meus olhos, foi estranho, foi perfeito. Eu te amo desde o meu primeiro momento, eu te amo desde os meus piores momentos, desde o meu refúgio em sua casa, das horas que abandonei as fases ruins e me escondi de tudo e de todos com você, eu te amo porque você é o meu anjo maior, Deus me mandou você, eu sei. Eu te amo porque não existe nenhuma outra palavra ou forma que demonstre o que eu realmente eu sinto por você. Eu te amo e por esse minuto isso me basta.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Peço licença
Devido ao tempo, aos momentos...
temporariamente indisponível!
Hoje não há nada a escrever, creio que amanhã também não.
A cama pediu licença e se apossou de mim. Dela sou moradora por um longo tempo até que tudo permaneça em seu devido lugar, inclusive minhas ideias.
temporariamente indisponível!
Hoje não há nada a escrever, creio que amanhã também não.
A cama pediu licença e se apossou de mim. Dela sou moradora por um longo tempo até que tudo permaneça em seu devido lugar, inclusive minhas ideias.
sábado, 22 de maio de 2010
O anjo velho
Da esquina eu vejo um senhor, vejo sua calmaria vindo em minha direção. Suas rugas apresentam sua idade e seu valor de uma vida longa. Suas mãos desconhecidas me mostram sua história e luta. Um chapéu marrom escuro. Calça bem passada assim como a camisa de punho. Relógio de bolso. Ele retira o chapéu e mexe em seus cabelos brancos que refletidos ao sol da manhã brilham intensamente, são lindos. Seus olhos claros parecem me descobrir ou ao menos, tentar. Mas nada sai de sua boca.
Ele se aproximou, olhou o relógio e sorriu. Correspondi meio encabulada, jamais havia o visto. Fingi estar lendo um papel de propaganda que em minha mão estava. Ele falou e era comigo. Ele me contou uma história, a que eu precisava ouvir. Disse- me ele:
- Olha moça, sabia que tem muita gente que diz que ouvir a voz da experiência é importante? Mas nem sempre é assim, eu sei disso.
O que aquele senhor estava querendo me dizer? Eu não o conheço, não sei seu nome e nem daqui ele é. Assenti com a cabeça e esperei ele colocar o chapéu e continuar:
- Conheci um garoto, hoje já é um homem casado, que morava com a mãe e irmã. Pais separados. A mãe dele sempre o incetivou a seguir a carreira militar e ele gostava da idéia também. Foi ele pra Academia Militar então. Passado um tempo, não suportando mais aquela vida foi falar com a mãe que ia largar e que não queria realmente seguir esse rumo. A mãe que tinha o sonho de ver seu filho lá formado não se conformou e não aceitou a mudança. Disse ao pobre rapaz que se largasse, teria que abandonar a casa também.
Pensei em dizer algo, não sabia muito bem o que expressar àquele corpo senil. Mas antes de qualquer objeção ou interrupção minha ele prosseguiu.
- O menino não quis nem saber, ele é que tinha que saber o que queria pra vida. Cada um sabe de si, não é mesmo? Então, ele deixou a mãe, foi morar no Rio de Janeiro com o pai, sua irmã também. Hoje em dia, é um danado sujeito bom de vida, honesto e requisitado arquiteto.
- É verdade, tem muita coisa que o ser humano não pode interferir na vida do outro. Cada um sabe de si como o senhor mesmo disse. Mais tarde você se responsabilizará por todas as escolhas feitas aqui na Terra. E assim é na profissão também, ainda mais sendo algo que moldará e fará de fato o decorrer da sua vida.
- Tá vendo? É isso que a mãe dele tinha que saber, mas não, preferiu entrar em discussão com o filho por um sonho que era dela. Ó meu ônibus aí, não sei se vou nesse. Ah, vou no de trás.
- Eu também vou no de trás.
- Ah, nem sou daqui. Vou pegar um outro na rodoviária. Nem pago ônibus mais.
Ele sorriu e deu sinal.
- Com o absurdo dessa passagem, não pagar ônibus é ótimo mecanismo de sobrevivência nos dias atuais.
Ele me respondeu em voz alta seguindo em direção a porta da frente do meio de transporte:
- Acordar todos os dias já é o mecanismo, moça!
Entrei no ônibus e ele veio ao meu encontro afirmando o que havia gritado logo ao entrar. Despedi-me dele que já havia começado uma conversa com o trocador e sentei em um banco mais a frente. Logo desci e segui meu dia.
Dia incomum. Hoje um anjo me visitou, hoje um anjo veio a me contar. Um anjo velho de chapéu, relógio e olhos brandos. Incomum dia para se ver um anjo, lugar próprio para se passar o tempo enquanto espera sua volta pra casa, local apropriado para se comprar doces e balas e adoçar a boca. Mas hoje eu quis mais, hoje eu preferi adoçar minha alma.
Ele se aproximou, olhou o relógio e sorriu. Correspondi meio encabulada, jamais havia o visto. Fingi estar lendo um papel de propaganda que em minha mão estava. Ele falou e era comigo. Ele me contou uma história, a que eu precisava ouvir. Disse- me ele:
- Olha moça, sabia que tem muita gente que diz que ouvir a voz da experiência é importante? Mas nem sempre é assim, eu sei disso.
O que aquele senhor estava querendo me dizer? Eu não o conheço, não sei seu nome e nem daqui ele é. Assenti com a cabeça e esperei ele colocar o chapéu e continuar:
- Conheci um garoto, hoje já é um homem casado, que morava com a mãe e irmã. Pais separados. A mãe dele sempre o incetivou a seguir a carreira militar e ele gostava da idéia também. Foi ele pra Academia Militar então. Passado um tempo, não suportando mais aquela vida foi falar com a mãe que ia largar e que não queria realmente seguir esse rumo. A mãe que tinha o sonho de ver seu filho lá formado não se conformou e não aceitou a mudança. Disse ao pobre rapaz que se largasse, teria que abandonar a casa também.
Pensei em dizer algo, não sabia muito bem o que expressar àquele corpo senil. Mas antes de qualquer objeção ou interrupção minha ele prosseguiu.
- O menino não quis nem saber, ele é que tinha que saber o que queria pra vida. Cada um sabe de si, não é mesmo? Então, ele deixou a mãe, foi morar no Rio de Janeiro com o pai, sua irmã também. Hoje em dia, é um danado sujeito bom de vida, honesto e requisitado arquiteto.
- É verdade, tem muita coisa que o ser humano não pode interferir na vida do outro. Cada um sabe de si como o senhor mesmo disse. Mais tarde você se responsabilizará por todas as escolhas feitas aqui na Terra. E assim é na profissão também, ainda mais sendo algo que moldará e fará de fato o decorrer da sua vida.
- Tá vendo? É isso que a mãe dele tinha que saber, mas não, preferiu entrar em discussão com o filho por um sonho que era dela. Ó meu ônibus aí, não sei se vou nesse. Ah, vou no de trás.
- Eu também vou no de trás.
- Ah, nem sou daqui. Vou pegar um outro na rodoviária. Nem pago ônibus mais.
Ele sorriu e deu sinal.
- Com o absurdo dessa passagem, não pagar ônibus é ótimo mecanismo de sobrevivência nos dias atuais.
Ele me respondeu em voz alta seguindo em direção a porta da frente do meio de transporte:
- Acordar todos os dias já é o mecanismo, moça!
Entrei no ônibus e ele veio ao meu encontro afirmando o que havia gritado logo ao entrar. Despedi-me dele que já havia começado uma conversa com o trocador e sentei em um banco mais a frente. Logo desci e segui meu dia.
Dia incomum. Hoje um anjo me visitou, hoje um anjo veio a me contar. Um anjo velho de chapéu, relógio e olhos brandos. Incomum dia para se ver um anjo, lugar próprio para se passar o tempo enquanto espera sua volta pra casa, local apropriado para se comprar doces e balas e adoçar a boca. Mas hoje eu quis mais, hoje eu preferi adoçar minha alma.
Folia no meu peito
"És um anjo in verso
Em presença e peso
Atrevo-me atravesso
Pra perto do peito teu"
Meu defensor incondicional chegou. Foi-se melancolia, sentimento indefinido da noite anterior. São 6:00 da manhã, o telefone tocou para que a porta fosse aberta. Você chegou. Meus olhos se abriram, acordei, sutil sorriso. Não levantei, meu coração se acalmou, ele finalmente chegou. Retornei ao sono.
É final de semana, dia de festa no fogão. Folia certa. Impresso em meu peito a falta semanal das suas risadas e brincandeiras. Bagunça na cozinha. Nomes de frutas, carnes e doces, só você que me apresenta. É dia de colocar o papo em dia e matar toda saudade que sinto, amanhã é dia de assistir o Flamengo jogar e gritar de maneira doentia, xingar o árbitro, cantar com a torcida, ser técnico. O meu refúgio, defensor eterno, fã torrencial .
A gente se parece, a gente se lembra. Coisas feitas de sua infância e adolescência refletida em minha vida,s em ao menos combinarmos. Doce combinação marcada pelo DNA. Não somos pai e filha, somos algo único. Nenhum medo quando envolta de seus braços estou, nenhum choro, orgulho exposto.
Um abraço. Um beijo. Uma risada inesperada. Meu final de semana se fez, amanhã será desfeito, não em peito. Eu te amo e assim será, que assim seja.
Em presença e peso
Atrevo-me atravesso
Pra perto do peito teu"
Meu defensor incondicional chegou. Foi-se melancolia, sentimento indefinido da noite anterior. São 6:00 da manhã, o telefone tocou para que a porta fosse aberta. Você chegou. Meus olhos se abriram, acordei, sutil sorriso. Não levantei, meu coração se acalmou, ele finalmente chegou. Retornei ao sono.
É final de semana, dia de festa no fogão. Folia certa. Impresso em meu peito a falta semanal das suas risadas e brincandeiras. Bagunça na cozinha. Nomes de frutas, carnes e doces, só você que me apresenta. É dia de colocar o papo em dia e matar toda saudade que sinto, amanhã é dia de assistir o Flamengo jogar e gritar de maneira doentia, xingar o árbitro, cantar com a torcida, ser técnico. O meu refúgio, defensor eterno, fã torrencial .
A gente se parece, a gente se lembra. Coisas feitas de sua infância e adolescência refletida em minha vida,s em ao menos combinarmos. Doce combinação marcada pelo DNA. Não somos pai e filha, somos algo único. Nenhum medo quando envolta de seus braços estou, nenhum choro, orgulho exposto.
Um abraço. Um beijo. Uma risada inesperada. Meu final de semana se fez, amanhã será desfeito, não em peito. Eu te amo e assim será, que assim seja.
Presente diário
Manhã, o sol adentrava meu quarto, pois esquecera a cortina aberta na noite anterior ao observar o céu antes de dormir, sendo do sono tomada e da claridade despertada. Sexta. A vontade de permanecer deitada e a lembrança invadindo meus pensamentos: conversa de quinta-feira à noite.
É, foi estranho, instantâneo e, atualmente, imprescindível. Demorou meses, um ano talvez, pra que eu realmente percebesse o quão é bom pra mim, acredita em mim e em mim confia. Hoje eu posso dizer que percebo ao conversarmos a sinceridade que jamais perceberia que houvesse. Imaginara eu que passaríamos um pelo outro como apenas conhecidos. Não sei o que houve, de uns tempos pra cá isso tem mudado com uma certa intensidade absurda. Imaginara eu que a chatice era sua dona e como um estalar de dedo, opinião transformada ao conhecê-lo. Imaginara eu que fosse algum dia me sentir tão forte, tão amiga e necessária na vida de alguém, como me sinto quando a gente se fala.
Não há como não falar de Deus se ele nos aproximou, fez-me tornar alguém que inacreditavelmente sou, fez-me estar a um lugar pelas manhãs. Por gratidão, queira eu continuar sorrir, continuar a cantar, não deixar de chorar e me permitir seguir ao lado de quem a mim, foi-me presenteado.
É, foi estranho, instantâneo e, atualmente, imprescindível. Demorou meses, um ano talvez, pra que eu realmente percebesse o quão é bom pra mim, acredita em mim e em mim confia. Hoje eu posso dizer que percebo ao conversarmos a sinceridade que jamais perceberia que houvesse. Imaginara eu que passaríamos um pelo outro como apenas conhecidos. Não sei o que houve, de uns tempos pra cá isso tem mudado com uma certa intensidade absurda. Imaginara eu que a chatice era sua dona e como um estalar de dedo, opinião transformada ao conhecê-lo. Imaginara eu que fosse algum dia me sentir tão forte, tão amiga e necessária na vida de alguém, como me sinto quando a gente se fala.
Não há como não falar de Deus se ele nos aproximou, fez-me tornar alguém que inacreditavelmente sou, fez-me estar a um lugar pelas manhãs. Por gratidão, queira eu continuar sorrir, continuar a cantar, não deixar de chorar e me permitir seguir ao lado de quem a mim, foi-me presenteado.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Eterna embriaguez
Eis que pude sentí-lo novamente após um bom tempo. Não nos víamos, não havia tempo para uma conversa, muito menos o que se dividir. Mas passou. O tempo está livre e agora estamos nos vendo e nos apreciando novamente. A saudade bateu, a vontade dos velhos dias e o reconhecimento de sua importância se fez presente em meu dia. Fui atrás de você. Decisão adequada no momento exato. Procurei todos os seus jeitos, todas as suas formas e guardei tudo o que pude a seu respeito como primeira instância.
Finalmente, o primeiro contato, o reencontro. Fui acolhida da forma mais singela e melíflua. Minhas mãos percorriam pelo mouse a fim de saber cada vez mais o que tinha a me ofertar. Curiosidade pronta e cada vez mais prestes a se exorbir. Foi magnífico, foi maléfico e bom. Sábio e reconfortante. Era como se fosse nossa primeira vez, nosso primeiro momento. Bastou-me uma hora, para eu ter toda a certeza de sua relevância, de sua ausência e do bem que me faz. Bastou-me uma hora, para eu voltar atrás e tornarmos a nos falar. Era inevitável desviar o olhar de você, inevitável não continuar com aquela viagem em meus pensamentos que mais parecem um alucinógeno tomando contade mim. Houve um domínio sobre mim.
Não preciso sair do lugar para viajar com você, muito menos me emocionar e rir ao mesmo tempo da maneira que queiram e designam, imagino da minha forma e tiro minhas próprias conclusões, você me permite pensar da maneira mais desejada e concluir como eu bem pretender, mas eu não quero pretender, apesar de você já ter um fim, nele eu estou. Estou em você e com você desde o início. Mera telespectadora, companheira fiel de um refúgio irrevogável. É de você que me crio e devido a você recrio.Você não sai de minha estante a não ser para as minhas mãos, não sai de minha tela a não ser para dentro de minha cabeça, permitindo-me sonhar, criar asas e de você me embriagar. A você, minha eterna embriaguez.
Finalmente, o primeiro contato, o reencontro. Fui acolhida da forma mais singela e melíflua. Minhas mãos percorriam pelo mouse a fim de saber cada vez mais o que tinha a me ofertar. Curiosidade pronta e cada vez mais prestes a se exorbir. Foi magnífico, foi maléfico e bom. Sábio e reconfortante. Era como se fosse nossa primeira vez, nosso primeiro momento. Bastou-me uma hora, para eu ter toda a certeza de sua relevância, de sua ausência e do bem que me faz. Bastou-me uma hora, para eu voltar atrás e tornarmos a nos falar. Era inevitável desviar o olhar de você, inevitável não continuar com aquela viagem em meus pensamentos que mais parecem um alucinógeno tomando contade mim. Houve um domínio sobre mim.
Não preciso sair do lugar para viajar com você, muito menos me emocionar e rir ao mesmo tempo da maneira que queiram e designam, imagino da minha forma e tiro minhas próprias conclusões, você me permite pensar da maneira mais desejada e concluir como eu bem pretender, mas eu não quero pretender, apesar de você já ter um fim, nele eu estou. Estou em você e com você desde o início. Mera telespectadora, companheira fiel de um refúgio irrevogável. É de você que me crio e devido a você recrio.Você não sai de minha estante a não ser para as minhas mãos, não sai de minha tela a não ser para dentro de minha cabeça, permitindo-me sonhar, criar asas e de você me embriagar. A você, minha eterna embriaguez.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Dando as cartas
Senti-me em uma mesa de bar, com as cartas na mão, pronta para jogar e joguei; aguardando a cartada do segundo jogador.
Era necessário falar, eu tive que falar, eu falei. Era como se aquelas palavras estivessem pressionando minha cabeça e o som se repetindo a cada segundo. Aguardei um tempo e disposta a dizer, eu disse. Sua cara não fora de surpresa e a minha, sinceramente, não sei demonstrar, muito menos descrever qual era e qual sua sensação naquele exato momento. Deixei exposto o meu ponto de vista e meu argumento, não sei se é aceitável ou acreditável, mas eu fui sincera, pelo menos acho que consegui transparecer tal atitude da maneira mais sensata e correta a se fazer. Já estava de saída, não havia nada a mais a ser dito. O assunto encerrado e o sinal da aula tocado.
Meu braço fora puxado e meus olhos te viu, não consegui desvendar nada, muito menos criar uma pré-concepção do que pensara. Um abraço. Um alívio. Uma dúvida. O que esse gesto significava de fato? Um fim, um começo ou um recomeço. Eu não sei.
Mas neste exato momento, eu só queria dizer que tudo o que fora dito antes e hoje foi a verdade. Se foi um impulso de ambos, foi verdadeiro e que mesmo que essa amizade não permaneça igual como eu desejaria que fosse, pelo menos ela foi sincera até o fim.
Era necessário falar, eu tive que falar, eu falei. Era como se aquelas palavras estivessem pressionando minha cabeça e o som se repetindo a cada segundo. Aguardei um tempo e disposta a dizer, eu disse. Sua cara não fora de surpresa e a minha, sinceramente, não sei demonstrar, muito menos descrever qual era e qual sua sensação naquele exato momento. Deixei exposto o meu ponto de vista e meu argumento, não sei se é aceitável ou acreditável, mas eu fui sincera, pelo menos acho que consegui transparecer tal atitude da maneira mais sensata e correta a se fazer. Já estava de saída, não havia nada a mais a ser dito. O assunto encerrado e o sinal da aula tocado.
Meu braço fora puxado e meus olhos te viu, não consegui desvendar nada, muito menos criar uma pré-concepção do que pensara. Um abraço. Um alívio. Uma dúvida. O que esse gesto significava de fato? Um fim, um começo ou um recomeço. Eu não sei.
Mas neste exato momento, eu só queria dizer que tudo o que fora dito antes e hoje foi a verdade. Se foi um impulso de ambos, foi verdadeiro e que mesmo que essa amizade não permaneça igual como eu desejaria que fosse, pelo menos ela foi sincera até o fim.
terça-feira, 18 de maio de 2010
E o mundo é perfeito
Se algum dia eu deixasse de acreditar na vida, eu deixaria de acreditar em mim. Deixaria de acreditar nos momentos bons aproveitados e dos momentos perfeitos frequentes. Dos sonhos realizados e dos choros abafados. Da loucura inconsequente e do erro assumido ou até mesmo omitido.
Se algum dia eu deixasse de acreditar que o tempo é bom, e pensasse que ele é ruim como todos dizem, a dor não teria passado, a tristeza esquecida, o perdão não teria sido dado e amizade concretizado. O amor se tornado certeza, seu olhar não seria sinônimo de eterna pureza e seu sorriso um alívio.
Se algum dia eu deixasse de acreditar, que há pessoas boas no mundo, eu desistiria de tudo, não haveria sentido amar, sorrir e chorar por algo imutável em mim e inexistente pra nós. E mesmo, às vezes, eu querendo desacreditar em algumas coisas, percebo que é uma tentativa inválida.
É impossível destruir o que você constrói e quem te constrói. Ninguém se molda, as pessoas nos moldam; são partes de mim, dessas partes eu sou. E se o tempo realmente passar e quando eu perceber sua passagem, nada se modificará; apenas se acrescentará.
Se algum dia eu deixasse de acreditar que o tempo é bom, e pensasse que ele é ruim como todos dizem, a dor não teria passado, a tristeza esquecida, o perdão não teria sido dado e amizade concretizado. O amor se tornado certeza, seu olhar não seria sinônimo de eterna pureza e seu sorriso um alívio.
Se algum dia eu deixasse de acreditar, que há pessoas boas no mundo, eu desistiria de tudo, não haveria sentido amar, sorrir e chorar por algo imutável em mim e inexistente pra nós. E mesmo, às vezes, eu querendo desacreditar em algumas coisas, percebo que é uma tentativa inválida.
É impossível destruir o que você constrói e quem te constrói. Ninguém se molda, as pessoas nos moldam; são partes de mim, dessas partes eu sou. E se o tempo realmente passar e quando eu perceber sua passagem, nada se modificará; apenas se acrescentará.
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