Antigamente, não tinha a visão de domingo generalizada. Os meus domingos eram tão mágicos. Já fui narradora, filha, bailarina, cantora, palhaça. Já fui bicho. Eu fui quem eu realmente sempre quis ser.
Perdi tantos jogos do meu time. Perdi o Flamengo jogar e suas finais. Ouvia os gritos da rua, fogos e me continha ao máximo para não explodir de felicidade quando ele fazia gol nos momentos mais inadequados. Mas valeu tanta pena. Eu não perdi nada, eu só ganhei.
E hoje, em uma rede social na internet, vi o comentário de um amigo que também já foi tantas coisas, mas que vai voltar a ser. Que vontade de ser seres. Que vontade de estar com esses seres e de abraçá-los no início da noite e final do fim de semana, após comermos pipoca, tomarmos sorvete e vermos uma roda de capoeira na praça.
É do domingo que eu tenho saudade, é da roda de violão, dos pés descalços no palco, dos tombos, das discussões misturadas com ideias, preocupações com o tempo. Um aperto de medo do que irão sentir, se irão aprovar e se tudo dará certo. Uma saudade que só parece aumentar e que parece ter sido fantasia. Afinal, eles nunca me soaram como um simples domingo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário