Devido ao tempo, aos momentos...
temporariamente indisponível!
Hoje não há nada a escrever, creio que amanhã também não.
A cama pediu licença e se apossou de mim. Dela sou moradora por um longo tempo até que tudo permaneça em seu devido lugar, inclusive minhas ideias.
Traduzido em:
quarta-feira, 26 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
O anjo velho
Da esquina eu vejo um senhor, vejo sua calmaria vindo em minha direção. Suas rugas apresentam sua idade e seu valor de uma vida longa. Suas mãos desconhecidas me mostram sua história e luta. Um chapéu marrom escuro. Calça bem passada assim como a camisa de punho. Relógio de bolso. Ele retira o chapéu e mexe em seus cabelos brancos que refletidos ao sol da manhã brilham intensamente, são lindos. Seus olhos claros parecem me descobrir ou ao menos, tentar. Mas nada sai de sua boca.
Ele se aproximou, olhou o relógio e sorriu. Correspondi meio encabulada, jamais havia o visto. Fingi estar lendo um papel de propaganda que em minha mão estava. Ele falou e era comigo. Ele me contou uma história, a que eu precisava ouvir. Disse- me ele:
- Olha moça, sabia que tem muita gente que diz que ouvir a voz da experiência é importante? Mas nem sempre é assim, eu sei disso.
O que aquele senhor estava querendo me dizer? Eu não o conheço, não sei seu nome e nem daqui ele é. Assenti com a cabeça e esperei ele colocar o chapéu e continuar:
- Conheci um garoto, hoje já é um homem casado, que morava com a mãe e irmã. Pais separados. A mãe dele sempre o incetivou a seguir a carreira militar e ele gostava da idéia também. Foi ele pra Academia Militar então. Passado um tempo, não suportando mais aquela vida foi falar com a mãe que ia largar e que não queria realmente seguir esse rumo. A mãe que tinha o sonho de ver seu filho lá formado não se conformou e não aceitou a mudança. Disse ao pobre rapaz que se largasse, teria que abandonar a casa também.
Pensei em dizer algo, não sabia muito bem o que expressar àquele corpo senil. Mas antes de qualquer objeção ou interrupção minha ele prosseguiu.
- O menino não quis nem saber, ele é que tinha que saber o que queria pra vida. Cada um sabe de si, não é mesmo? Então, ele deixou a mãe, foi morar no Rio de Janeiro com o pai, sua irmã também. Hoje em dia, é um danado sujeito bom de vida, honesto e requisitado arquiteto.
- É verdade, tem muita coisa que o ser humano não pode interferir na vida do outro. Cada um sabe de si como o senhor mesmo disse. Mais tarde você se responsabilizará por todas as escolhas feitas aqui na Terra. E assim é na profissão também, ainda mais sendo algo que moldará e fará de fato o decorrer da sua vida.
- Tá vendo? É isso que a mãe dele tinha que saber, mas não, preferiu entrar em discussão com o filho por um sonho que era dela. Ó meu ônibus aí, não sei se vou nesse. Ah, vou no de trás.
- Eu também vou no de trás.
- Ah, nem sou daqui. Vou pegar um outro na rodoviária. Nem pago ônibus mais.
Ele sorriu e deu sinal.
- Com o absurdo dessa passagem, não pagar ônibus é ótimo mecanismo de sobrevivência nos dias atuais.
Ele me respondeu em voz alta seguindo em direção a porta da frente do meio de transporte:
- Acordar todos os dias já é o mecanismo, moça!
Entrei no ônibus e ele veio ao meu encontro afirmando o que havia gritado logo ao entrar. Despedi-me dele que já havia começado uma conversa com o trocador e sentei em um banco mais a frente. Logo desci e segui meu dia.
Dia incomum. Hoje um anjo me visitou, hoje um anjo veio a me contar. Um anjo velho de chapéu, relógio e olhos brandos. Incomum dia para se ver um anjo, lugar próprio para se passar o tempo enquanto espera sua volta pra casa, local apropriado para se comprar doces e balas e adoçar a boca. Mas hoje eu quis mais, hoje eu preferi adoçar minha alma.
Ele se aproximou, olhou o relógio e sorriu. Correspondi meio encabulada, jamais havia o visto. Fingi estar lendo um papel de propaganda que em minha mão estava. Ele falou e era comigo. Ele me contou uma história, a que eu precisava ouvir. Disse- me ele:
- Olha moça, sabia que tem muita gente que diz que ouvir a voz da experiência é importante? Mas nem sempre é assim, eu sei disso.
O que aquele senhor estava querendo me dizer? Eu não o conheço, não sei seu nome e nem daqui ele é. Assenti com a cabeça e esperei ele colocar o chapéu e continuar:
- Conheci um garoto, hoje já é um homem casado, que morava com a mãe e irmã. Pais separados. A mãe dele sempre o incetivou a seguir a carreira militar e ele gostava da idéia também. Foi ele pra Academia Militar então. Passado um tempo, não suportando mais aquela vida foi falar com a mãe que ia largar e que não queria realmente seguir esse rumo. A mãe que tinha o sonho de ver seu filho lá formado não se conformou e não aceitou a mudança. Disse ao pobre rapaz que se largasse, teria que abandonar a casa também.
Pensei em dizer algo, não sabia muito bem o que expressar àquele corpo senil. Mas antes de qualquer objeção ou interrupção minha ele prosseguiu.
- O menino não quis nem saber, ele é que tinha que saber o que queria pra vida. Cada um sabe de si, não é mesmo? Então, ele deixou a mãe, foi morar no Rio de Janeiro com o pai, sua irmã também. Hoje em dia, é um danado sujeito bom de vida, honesto e requisitado arquiteto.
- É verdade, tem muita coisa que o ser humano não pode interferir na vida do outro. Cada um sabe de si como o senhor mesmo disse. Mais tarde você se responsabilizará por todas as escolhas feitas aqui na Terra. E assim é na profissão também, ainda mais sendo algo que moldará e fará de fato o decorrer da sua vida.
- Tá vendo? É isso que a mãe dele tinha que saber, mas não, preferiu entrar em discussão com o filho por um sonho que era dela. Ó meu ônibus aí, não sei se vou nesse. Ah, vou no de trás.
- Eu também vou no de trás.
- Ah, nem sou daqui. Vou pegar um outro na rodoviária. Nem pago ônibus mais.
Ele sorriu e deu sinal.
- Com o absurdo dessa passagem, não pagar ônibus é ótimo mecanismo de sobrevivência nos dias atuais.
Ele me respondeu em voz alta seguindo em direção a porta da frente do meio de transporte:
- Acordar todos os dias já é o mecanismo, moça!
Entrei no ônibus e ele veio ao meu encontro afirmando o que havia gritado logo ao entrar. Despedi-me dele que já havia começado uma conversa com o trocador e sentei em um banco mais a frente. Logo desci e segui meu dia.
Dia incomum. Hoje um anjo me visitou, hoje um anjo veio a me contar. Um anjo velho de chapéu, relógio e olhos brandos. Incomum dia para se ver um anjo, lugar próprio para se passar o tempo enquanto espera sua volta pra casa, local apropriado para se comprar doces e balas e adoçar a boca. Mas hoje eu quis mais, hoje eu preferi adoçar minha alma.
Folia no meu peito
"És um anjo in verso
Em presença e peso
Atrevo-me atravesso
Pra perto do peito teu"
Meu defensor incondicional chegou. Foi-se melancolia, sentimento indefinido da noite anterior. São 6:00 da manhã, o telefone tocou para que a porta fosse aberta. Você chegou. Meus olhos se abriram, acordei, sutil sorriso. Não levantei, meu coração se acalmou, ele finalmente chegou. Retornei ao sono.
É final de semana, dia de festa no fogão. Folia certa. Impresso em meu peito a falta semanal das suas risadas e brincandeiras. Bagunça na cozinha. Nomes de frutas, carnes e doces, só você que me apresenta. É dia de colocar o papo em dia e matar toda saudade que sinto, amanhã é dia de assistir o Flamengo jogar e gritar de maneira doentia, xingar o árbitro, cantar com a torcida, ser técnico. O meu refúgio, defensor eterno, fã torrencial .
A gente se parece, a gente se lembra. Coisas feitas de sua infância e adolescência refletida em minha vida,s em ao menos combinarmos. Doce combinação marcada pelo DNA. Não somos pai e filha, somos algo único. Nenhum medo quando envolta de seus braços estou, nenhum choro, orgulho exposto.
Um abraço. Um beijo. Uma risada inesperada. Meu final de semana se fez, amanhã será desfeito, não em peito. Eu te amo e assim será, que assim seja.
Em presença e peso
Atrevo-me atravesso
Pra perto do peito teu"
Meu defensor incondicional chegou. Foi-se melancolia, sentimento indefinido da noite anterior. São 6:00 da manhã, o telefone tocou para que a porta fosse aberta. Você chegou. Meus olhos se abriram, acordei, sutil sorriso. Não levantei, meu coração se acalmou, ele finalmente chegou. Retornei ao sono.
É final de semana, dia de festa no fogão. Folia certa. Impresso em meu peito a falta semanal das suas risadas e brincandeiras. Bagunça na cozinha. Nomes de frutas, carnes e doces, só você que me apresenta. É dia de colocar o papo em dia e matar toda saudade que sinto, amanhã é dia de assistir o Flamengo jogar e gritar de maneira doentia, xingar o árbitro, cantar com a torcida, ser técnico. O meu refúgio, defensor eterno, fã torrencial .
A gente se parece, a gente se lembra. Coisas feitas de sua infância e adolescência refletida em minha vida,s em ao menos combinarmos. Doce combinação marcada pelo DNA. Não somos pai e filha, somos algo único. Nenhum medo quando envolta de seus braços estou, nenhum choro, orgulho exposto.
Um abraço. Um beijo. Uma risada inesperada. Meu final de semana se fez, amanhã será desfeito, não em peito. Eu te amo e assim será, que assim seja.
Presente diário
Manhã, o sol adentrava meu quarto, pois esquecera a cortina aberta na noite anterior ao observar o céu antes de dormir, sendo do sono tomada e da claridade despertada. Sexta. A vontade de permanecer deitada e a lembrança invadindo meus pensamentos: conversa de quinta-feira à noite.
É, foi estranho, instantâneo e, atualmente, imprescindível. Demorou meses, um ano talvez, pra que eu realmente percebesse o quão é bom pra mim, acredita em mim e em mim confia. Hoje eu posso dizer que percebo ao conversarmos a sinceridade que jamais perceberia que houvesse. Imaginara eu que passaríamos um pelo outro como apenas conhecidos. Não sei o que houve, de uns tempos pra cá isso tem mudado com uma certa intensidade absurda. Imaginara eu que a chatice era sua dona e como um estalar de dedo, opinião transformada ao conhecê-lo. Imaginara eu que fosse algum dia me sentir tão forte, tão amiga e necessária na vida de alguém, como me sinto quando a gente se fala.
Não há como não falar de Deus se ele nos aproximou, fez-me tornar alguém que inacreditavelmente sou, fez-me estar a um lugar pelas manhãs. Por gratidão, queira eu continuar sorrir, continuar a cantar, não deixar de chorar e me permitir seguir ao lado de quem a mim, foi-me presenteado.
É, foi estranho, instantâneo e, atualmente, imprescindível. Demorou meses, um ano talvez, pra que eu realmente percebesse o quão é bom pra mim, acredita em mim e em mim confia. Hoje eu posso dizer que percebo ao conversarmos a sinceridade que jamais perceberia que houvesse. Imaginara eu que passaríamos um pelo outro como apenas conhecidos. Não sei o que houve, de uns tempos pra cá isso tem mudado com uma certa intensidade absurda. Imaginara eu que a chatice era sua dona e como um estalar de dedo, opinião transformada ao conhecê-lo. Imaginara eu que fosse algum dia me sentir tão forte, tão amiga e necessária na vida de alguém, como me sinto quando a gente se fala.
Não há como não falar de Deus se ele nos aproximou, fez-me tornar alguém que inacreditavelmente sou, fez-me estar a um lugar pelas manhãs. Por gratidão, queira eu continuar sorrir, continuar a cantar, não deixar de chorar e me permitir seguir ao lado de quem a mim, foi-me presenteado.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Eterna embriaguez
Eis que pude sentí-lo novamente após um bom tempo. Não nos víamos, não havia tempo para uma conversa, muito menos o que se dividir. Mas passou. O tempo está livre e agora estamos nos vendo e nos apreciando novamente. A saudade bateu, a vontade dos velhos dias e o reconhecimento de sua importância se fez presente em meu dia. Fui atrás de você. Decisão adequada no momento exato. Procurei todos os seus jeitos, todas as suas formas e guardei tudo o que pude a seu respeito como primeira instância.
Finalmente, o primeiro contato, o reencontro. Fui acolhida da forma mais singela e melíflua. Minhas mãos percorriam pelo mouse a fim de saber cada vez mais o que tinha a me ofertar. Curiosidade pronta e cada vez mais prestes a se exorbir. Foi magnífico, foi maléfico e bom. Sábio e reconfortante. Era como se fosse nossa primeira vez, nosso primeiro momento. Bastou-me uma hora, para eu ter toda a certeza de sua relevância, de sua ausência e do bem que me faz. Bastou-me uma hora, para eu voltar atrás e tornarmos a nos falar. Era inevitável desviar o olhar de você, inevitável não continuar com aquela viagem em meus pensamentos que mais parecem um alucinógeno tomando contade mim. Houve um domínio sobre mim.
Não preciso sair do lugar para viajar com você, muito menos me emocionar e rir ao mesmo tempo da maneira que queiram e designam, imagino da minha forma e tiro minhas próprias conclusões, você me permite pensar da maneira mais desejada e concluir como eu bem pretender, mas eu não quero pretender, apesar de você já ter um fim, nele eu estou. Estou em você e com você desde o início. Mera telespectadora, companheira fiel de um refúgio irrevogável. É de você que me crio e devido a você recrio.Você não sai de minha estante a não ser para as minhas mãos, não sai de minha tela a não ser para dentro de minha cabeça, permitindo-me sonhar, criar asas e de você me embriagar. A você, minha eterna embriaguez.
Finalmente, o primeiro contato, o reencontro. Fui acolhida da forma mais singela e melíflua. Minhas mãos percorriam pelo mouse a fim de saber cada vez mais o que tinha a me ofertar. Curiosidade pronta e cada vez mais prestes a se exorbir. Foi magnífico, foi maléfico e bom. Sábio e reconfortante. Era como se fosse nossa primeira vez, nosso primeiro momento. Bastou-me uma hora, para eu ter toda a certeza de sua relevância, de sua ausência e do bem que me faz. Bastou-me uma hora, para eu voltar atrás e tornarmos a nos falar. Era inevitável desviar o olhar de você, inevitável não continuar com aquela viagem em meus pensamentos que mais parecem um alucinógeno tomando contade mim. Houve um domínio sobre mim.
Não preciso sair do lugar para viajar com você, muito menos me emocionar e rir ao mesmo tempo da maneira que queiram e designam, imagino da minha forma e tiro minhas próprias conclusões, você me permite pensar da maneira mais desejada e concluir como eu bem pretender, mas eu não quero pretender, apesar de você já ter um fim, nele eu estou. Estou em você e com você desde o início. Mera telespectadora, companheira fiel de um refúgio irrevogável. É de você que me crio e devido a você recrio.Você não sai de minha estante a não ser para as minhas mãos, não sai de minha tela a não ser para dentro de minha cabeça, permitindo-me sonhar, criar asas e de você me embriagar. A você, minha eterna embriaguez.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Dando as cartas
Senti-me em uma mesa de bar, com as cartas na mão, pronta para jogar e joguei; aguardando a cartada do segundo jogador.
Era necessário falar, eu tive que falar, eu falei. Era como se aquelas palavras estivessem pressionando minha cabeça e o som se repetindo a cada segundo. Aguardei um tempo e disposta a dizer, eu disse. Sua cara não fora de surpresa e a minha, sinceramente, não sei demonstrar, muito menos descrever qual era e qual sua sensação naquele exato momento. Deixei exposto o meu ponto de vista e meu argumento, não sei se é aceitável ou acreditável, mas eu fui sincera, pelo menos acho que consegui transparecer tal atitude da maneira mais sensata e correta a se fazer. Já estava de saída, não havia nada a mais a ser dito. O assunto encerrado e o sinal da aula tocado.
Meu braço fora puxado e meus olhos te viu, não consegui desvendar nada, muito menos criar uma pré-concepção do que pensara. Um abraço. Um alívio. Uma dúvida. O que esse gesto significava de fato? Um fim, um começo ou um recomeço. Eu não sei.
Mas neste exato momento, eu só queria dizer que tudo o que fora dito antes e hoje foi a verdade. Se foi um impulso de ambos, foi verdadeiro e que mesmo que essa amizade não permaneça igual como eu desejaria que fosse, pelo menos ela foi sincera até o fim.
Era necessário falar, eu tive que falar, eu falei. Era como se aquelas palavras estivessem pressionando minha cabeça e o som se repetindo a cada segundo. Aguardei um tempo e disposta a dizer, eu disse. Sua cara não fora de surpresa e a minha, sinceramente, não sei demonstrar, muito menos descrever qual era e qual sua sensação naquele exato momento. Deixei exposto o meu ponto de vista e meu argumento, não sei se é aceitável ou acreditável, mas eu fui sincera, pelo menos acho que consegui transparecer tal atitude da maneira mais sensata e correta a se fazer. Já estava de saída, não havia nada a mais a ser dito. O assunto encerrado e o sinal da aula tocado.
Meu braço fora puxado e meus olhos te viu, não consegui desvendar nada, muito menos criar uma pré-concepção do que pensara. Um abraço. Um alívio. Uma dúvida. O que esse gesto significava de fato? Um fim, um começo ou um recomeço. Eu não sei.
Mas neste exato momento, eu só queria dizer que tudo o que fora dito antes e hoje foi a verdade. Se foi um impulso de ambos, foi verdadeiro e que mesmo que essa amizade não permaneça igual como eu desejaria que fosse, pelo menos ela foi sincera até o fim.
terça-feira, 18 de maio de 2010
E o mundo é perfeito
Se algum dia eu deixasse de acreditar na vida, eu deixaria de acreditar em mim. Deixaria de acreditar nos momentos bons aproveitados e dos momentos perfeitos frequentes. Dos sonhos realizados e dos choros abafados. Da loucura inconsequente e do erro assumido ou até mesmo omitido.
Se algum dia eu deixasse de acreditar que o tempo é bom, e pensasse que ele é ruim como todos dizem, a dor não teria passado, a tristeza esquecida, o perdão não teria sido dado e amizade concretizado. O amor se tornado certeza, seu olhar não seria sinônimo de eterna pureza e seu sorriso um alívio.
Se algum dia eu deixasse de acreditar, que há pessoas boas no mundo, eu desistiria de tudo, não haveria sentido amar, sorrir e chorar por algo imutável em mim e inexistente pra nós. E mesmo, às vezes, eu querendo desacreditar em algumas coisas, percebo que é uma tentativa inválida.
É impossível destruir o que você constrói e quem te constrói. Ninguém se molda, as pessoas nos moldam; são partes de mim, dessas partes eu sou. E se o tempo realmente passar e quando eu perceber sua passagem, nada se modificará; apenas se acrescentará.
Se algum dia eu deixasse de acreditar que o tempo é bom, e pensasse que ele é ruim como todos dizem, a dor não teria passado, a tristeza esquecida, o perdão não teria sido dado e amizade concretizado. O amor se tornado certeza, seu olhar não seria sinônimo de eterna pureza e seu sorriso um alívio.
Se algum dia eu deixasse de acreditar, que há pessoas boas no mundo, eu desistiria de tudo, não haveria sentido amar, sorrir e chorar por algo imutável em mim e inexistente pra nós. E mesmo, às vezes, eu querendo desacreditar em algumas coisas, percebo que é uma tentativa inválida.
É impossível destruir o que você constrói e quem te constrói. Ninguém se molda, as pessoas nos moldam; são partes de mim, dessas partes eu sou. E se o tempo realmente passar e quando eu perceber sua passagem, nada se modificará; apenas se acrescentará.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Prosa cantada
Desta vez a tarde não estava ensolarada. Segunda-feira. Era uma tarde fria de fim de maio, o que não é típico daqui. Sons ensurdecedores e tudo estava em movimento, os risos fluiam, o papo se exaltava e cada um estava com quem e como se sentia melhor naquele minucioso momento. Bastou-me então, uma roda, cúmplices de um simples mp3, e a prosa musical surgiu. Não houve receio, pra quê o ter? Nosso canto foi sincero e nossa conversa sortida como o último confete do pacote. Assim nos sentíamos, assim o nosso refrão ia sendo criado, como o último momento, a última composição.
Quisera eu voltar a esse momento. Mas pra quê voltar? Eu o vivi e o que virá será o segundo refrão. Quisera eu que o tempo congelasse e se perpetuasse, mas pra quê? Ainda me resta mais um refrão. Foi tão simples, foi tão comum e tão raro.
E por que parou? Porque o samba acabou, a roda se desfez e o dia passou. A noite chegou e a lembrança doce ficou.
Não quisera Deus que eu fosse pra casa sem ter tal prosa, sem ter tal samba, sem tal doçura.
Quisera eu voltar a esse momento. Mas pra quê voltar? Eu o vivi e o que virá será o segundo refrão. Quisera eu que o tempo congelasse e se perpetuasse, mas pra quê? Ainda me resta mais um refrão. Foi tão simples, foi tão comum e tão raro.
E por que parou? Porque o samba acabou, a roda se desfez e o dia passou. A noite chegou e a lembrança doce ficou.
Não quisera Deus que eu fosse pra casa sem ter tal prosa, sem ter tal samba, sem tal doçura.
domingo, 16 de maio de 2010
Decidi ser feliz e me decidiram
Escandalosos desvaneios em vão. Decisão incrédula. Felicidade se tem ou não. Alegria e tristeza se desperta em frações de momentos. Sorrisos incontroláveis, instantânea transformação fisionômica. Olhar sublime, brilho constante. Felicidade transposta ao redor, cadeia desenfreada.
Se ser feliz é possuir características, soa-me transponível amargor. Se ser feliz é ter sorte, eu prefiro sonhar. Cobrirei-me de fantasias, nenhum medo, apenas desejo. Mesmo que seja cedo ou tarde demais, degustarei a vida, que até então, bem-vinda aos meus olhos, ao meu afago e descanso.
A essa equação me entrego, matemática de cálculos desconhecidos. Faça-me verdade, desenha-me em poesia e e que eu respire isso. Que eu tenha o que tenho, ou que nunca os perca, o que é pior. Orientação para uma composição rara, uma palavra fazendo verbo em minha vida para que eu não desista e que não desistam de mim.
Ainda assim, com o tempo passado, o relógio perdido, vago relógio, eu tenha fé pra lutar. Ainda assim, que a gratidão a todos os orquestrantes desse momento jamais seja esquecida. E que por esse segundo, eu relute como quem reluta pelo o que tanto espera. Não há medo quando há satisfação, se há satisfação há tesouro. Conservado tesouro em mim.
Se ser feliz é possuir características, soa-me transponível amargor. Se ser feliz é ter sorte, eu prefiro sonhar. Cobrirei-me de fantasias, nenhum medo, apenas desejo. Mesmo que seja cedo ou tarde demais, degustarei a vida, que até então, bem-vinda aos meus olhos, ao meu afago e descanso.
A essa equação me entrego, matemática de cálculos desconhecidos. Faça-me verdade, desenha-me em poesia e e que eu respire isso. Que eu tenha o que tenho, ou que nunca os perca, o que é pior. Orientação para uma composição rara, uma palavra fazendo verbo em minha vida para que eu não desista e que não desistam de mim.
Ainda assim, com o tempo passado, o relógio perdido, vago relógio, eu tenha fé pra lutar. Ainda assim, que a gratidão a todos os orquestrantes desse momento jamais seja esquecida. E que por esse segundo, eu relute como quem reluta pelo o que tanto espera. Não há medo quando há satisfação, se há satisfação há tesouro. Conservado tesouro em mim.
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