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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Verde e amarela

Eu sou verde e amarela!
Sou da terra do samba,
da mata e da água doce.
Sou do país da corda bamba!
Que ora está caindo pela tabela,
ora está indo de vento em popa.
Eu sou verde e amarela!
Não tenho cor pré definida.
Sou negra, índia, latina...
E, conforme a batida,
de Chico viro carioca
à Gil viro baiana!
De pés no chão,
viro nativa e de tristeza,
imploro pelo meu Sertão!
Eu sou verde e amarela!
Do verde derrubado,
Das almas trocadas
e do amarelo roubado.
Eu sou filha da desigualdade.
Das promessas nunca cumpridas
e da criminalidade!
Baseada entre a fé e a morte,
descendo da religiosidade.
Eu sou verde e amarela!
Do país tantas vezes campeão
em luta e deslizamentos.
Do paraíso da corrupção,
crime organizado e favelização.
E eu me pinto dessas cores
em respeito a tantos fortes,
em homenagem a tantos trabalhadores.
Mas eu sou verde e amarela!
Porque eu sou cheia de esperança,
Eu espero o melhor como muitos sonhadores.
E como a cada dia nascendo que não se cansa,
aguardo o meu verde retornar
e o resto do amarelo ser dividido e se multiplicar.
Muito prazer, eu sou verde e amarela!