
Ser luz, "serhumano"
Ser humano, "serluz"!
"Nóis veio pra ilumiá". Já dizia Pai Tinhoco. Já dizia em horas de conversa à beira da porta da cozinha no final dia. Era luz de vela em castiçal de ferro. Já dizia Pai Tinhoco: "E se ocê não semeiá, não há de que coiê".
Era Tião, Maria e João... sentados no degrau da cozinha. Era verde em frente aos quatro que não cabe no coração e era um som de água de bica que lavava qualquer cidadão.
Era Tinhoco, Tião, Maria e João... curando o povo do mal do Jeca Tatu. Um tanto por noitada! Tudo, de norte a sul.
E lá pelas varadas da noite, quando a vela já inteirava a décima oitava, quando a dama da noite já exalava perfume, Tinhoco acendia seu cachimbo. Tragava uma, duas e resmungava.Fumaça! Uma, duas e bravejava: "É uma cousa ou outra: Ou nóis ama ou nóis amargura a 'arlma' e envenena o peito mais do que cobra cascáver criada." Fumaça!