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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quando se gosta, aportuguesa-se pra abafar

Quando se AMA (com letras maiúsculas mesmo), não há palavras e até mesmo as mesmas são insuficientes para descrever o mínimo a essas pessoas. Foi essa a conclusão dada ao se fechar o caderno de rascunho e guardar a caneta dentro dele logo pela manhã de ontem.
O início nada agradável de quatro linhas na folha. Início e único, nada mais fora escrito... " Neste mundo de correria, apêlos, ganância e poder, eis que Deus deixa em minhas mãos o mais necessário e belo de todos os presentes. Não sou tão digna de cuidá-lo e mesmo com um amor indescritível, às vezes pouco para tanta grandiosidade." E, ponto. Acabam-se as letras, não se formam palavras, muito menos orações com seus sujeitos e predicados.
Pormenoriza-se então, a Língua Portuguesa. Que dicionário curto! Cadê os exatos morfemas? Morfemas exatos não existem, sendo assim, seriam quase que matemáticos. Mas um "eu te amo" é tão banal para o hoje em dia, esdrúxulo e padronizado ao modelo televisionado.
Sinceramente, os significados perdem sua força quando alguém o vulgariza, mas eles perdem, sobretudo, sua essência quando não servem para designar o que é puro e sincero. E, é aí que eu digo, que mesmo sendo um idioma lindo, difícil, dá-se a ele um capilé e à todos os outros, a fim de, curar essa ausência aos que querem se expor na escrita.
Contudo,não há verso que discorra os gestos feitos de vocês para mim, não há estrofe que conte um momento se quer da maneira correta e não há samba nem choro, muito menos vela, que exponha o que é isso, nem mesmo em oração. Eu não me contento com "te amo", não me agrado com "te adoro", eu me contento com um "pra sempre" e um abraço apertado e chega, português incrédulo!

Um comentário:

Carlos Mizael disse...

Bom Saber!! ^^