Por enquanto o mundo se fechou. Subindo a rua alta, fôlego esbaldado, mãos frias, mente soberba. Por enquanto os olhos se fecham, calam-se e o coração aperta, os sorrisos se fecham. A rua se acaba. Por enquanto o mundo se fechou. O céu rosa anuncia fim de tarde, parece serenata inconveniente que em mim fez moradia. A noite é fria, ela não brilha mais, não por hoje, amanhã quem sabe.
Gente humilde. Breve consolação, pronto desespero em pranto. Poste, esquina, meio-fio. Carros, pessoas e cachorros. Pressa, relógio, casa.Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Água mineral, bamba a la bamba. Evoque-se. Não perca tempo, perca tempo. Hoje o mundo parou. Stop! Hoje o mundo parou.
Desliga-se o som, deixe sua mente. Enalteça-se, cresça. Ensaia-se um rock, dança-se um blues, engata-se um samba. Suco. Liga-se o som, não deixe sua mente.Por enquanto o mundo se fechou. Acaba-se o som, acaba-se a noite. Atire-se a brisa, toque o vento. Acaba-se a noite. Entorpeça-se. A noite veio, me deu um beijo e se foi. O sonho veio, amedrontou-me e se foi. Por fim, o sol veio, deu bom-dia e eu me calei. Aqueceu-me e eu me calei.
Ensaia-se uma cena, uma dança, caia na valsa, entre no tango. Ensaia-se um novo mundo, uma nova dança, uma nova vida. Caduca-se, faça-se, saia-se ao si.
Um comentário:
ainda diz que escreve mal. Rum!
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