Traduzido em:

domingo, 1 de abril de 2012

Sê-lo selado

Eu não preciso de um bom patuá
Permita que o tempo  conduza
Eu não preciso de todos os orixás
Permita que eu me lambuza

Deixa eu sentir a brisa do mar
Eu não preciso que outro me levante
Deixa eu pintar a cara até a pele salgar
Eu não preciso de um segundo avante

Eu preciso de todo seu zelo
Não me permita aqui sem teu cheiro
Eu preciso de teu apelo
Não me permita sem o seu inteiro

Não deixa tudo petrificar
Eu preciso daquele seu grito
Não deixa a morte chegar
Eu preciso de todo esse mito

À nossa guerra

Encontro-me presa
Cá estou novamente
 Procurando resposta convincente
 Encontro-me marionete
 Querem-me como presa!
 Portão que grunha,grita
 Pelo cão que ladra e morde
 Alma que desinqueta e mata
 E, mais uma vez, dilacera e sente fome
 Encontro-me moradia
 Daqueles que procuram alimento
 Prato predileto devorado
 Para aqueles que tormentam peito
 Mas eu me sinto forte
 Pronta para mais uma mentira
 Preparada pro abate
 Achas mesmo que ainda sou uma menina?


Tenta a sorte!