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sábado, 14 de agosto de 2010

Permita-me

Chega uma certa hora, hora certa. Hora de pensar, medir e pesar. Será válido seguir assim? É realmente importante ou então, relevante? E nada se conclui. Não há respostas, não há alguém para dá-las, muito menos para achá-las, a não ser eu mesma.
Eu queria voltar, tornar e retornar. Tempo. Eu não queria. Eu era uma criança e você não. Mas quem não é criança? Queria dizer que eu entendo e que foi tudo uma mera confusão, mas que passou. E ao mesmo tempo não passou. Por mais que eu queira, que eu tente e que algo me incomode e me aperte, não há mais tempo.
Creio que por hoje assim será. Tempo. Não sei amanhã ou daqui a algumas horas. É noite, o sono não vem, não há por que vir. Mas eu espero. Sinto-me pesada e inocente, leve e culpada. Olhos vendados, mãos cruzadas, pés congelados. Tempo.
Então por fim, um caps lock no delete. Um delete na ideia. Caps lock no superado. Mas por hoje passou, silêncio. Espero em meu canto a resposta. Ó, meu recanto, permita que eu durma já. Permita que ainda saiba sonhar.